quarta-feira, 24 abril 2024

Empresas adotam home office definitivamente

Muitas companhias da região mantêm esquema remoto da pandemia 

HOME OFFICE | Tendência iniciada durante a pandemia (Foto: Arquivo / TodoDia Imagem)

Empresas da região estão adotando definitivamente o regime de trabalho híbrido ou totalmente remoto depois das medidas decretadas para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. A mudança, determinada em meio a necessidade de isolamento social, fez companhias experimentarem novos modelos de trabalho, que persistiram mesmo depois da flexibilização das medidas em alguns casos.

Em Nova Odessa, a Pensecom – empresa prestadora de serviços de assessorias de recursos humanos, tecnologia da informação e desenvolvimento de talentos – foi uma das companhias que seguiram com o trabalho home office em 2022.

De acordo com Rildon Maffi, CEO e fundador da Pensecom, uma das vantagens do modelo home office é a economia do tempo de deslocamento e dos custos fixos operacionais, como energia elétrica, limpeza, infraestruturas físicas, entre outros.

O modelo remoto permite, ainda, recrutar funcionários de lugares distantes, o que facilita aumentar a abrangência da empresa e ter contato com equipes e profissionais de diferentes locais e culturas, de acordo com Maffi.

Ele também relata que outra vantagem é evolução da empresa no uso das tecnologias integradoras. A pandemia intensificou o uso de tecnologias digitais no Brasil de acordo com dados da Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos domicílios brasileiros (TIC Domicílios).

O levantamento aponta que 71% dos domicílios no país tinham acesso à internet em 2019 e esse número aumentou para 83% em 2020, ou seja, 61,8 milhões de domicílios com conexão à rede. A pesquisa é realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), que monitora a adoção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no Brasil.

“De fato, a pandemia acelerou o processo de virtualização nas relações de negócio, não que isso já não existisse, mas o isolamento social ao qual todos nós ficamos sujeitos nos últimos anos não deixou muitas escolhas: ou reinventamos ou mudamos”, comentou Maffi.

MUDANÇA
Outra empresa que se
gue com cargos em home office na região é a Aegea, empresa de saneamento que tem escritório em Santa Bárbara d’Oeste e outras 48 cidades.

Segundo Claudia Piunti, diretora do CAA (Centro Administrativo Aegea), os novos formatos de trabalho acelerados e adaptados com a pandemia vieram para ficar.

A empresa colheu opinião de líderes e colaboradores sobre o regime de trabalho remoto forçado pela pandemia e a visão de futuro sobre o retorno.

O resultado foi que o regime híbrido é a maior preferência entre os funcionários. “Entendemos que esta flexibilidade será um dos fatores chave de atração e retenção dos colaboradores, e ensejará que os líderes se adaptem a este novo modelo, mais focados nas entregas dos colaboradores do que com o controle de horário”, disse Claudia Piunti.

Também existem pontos negativos do home office. O CEO da Pensecom destaca duas desvantagens do modelo: o isolamento social e todas as mazelas psicológicas e comportamentais decorrentes da privação do convívio coletivo.

Maffi comenta que também é necessário ter mais atenção à organização do “espaço tempo”, tanto por parte dos profissionais quanto das empresas. “Empresas, profissionais, líderes e liderados precisam evoluir na temática da agenda de trabalho, da pauta bem definida, das estratégias, do planejamento profissional e também pessoal. Lembro que em nosso país a cultura do ‘vamos que vamos’ é ainda muito fortemente enraizada. Portanto, ter mais autodisciplina e melhorar o senso de organização do tempo é ainda um desafio enorme para essa geração de profissionais”, disse.

Embora exista a preferência pelo trabalho remoto por algumas empresas, outras começaram a volta ao presencial em 2022 em vista do avanço da vacinação e a queda de casos de Covid-19. “Há negócios mais e outros menos adaptáveis, mas hoje todos possuem mais opções do que possuíam antes da pandemia”, disse o CEO.

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