sexta-feira, 26 abril 2024

Ocupação de leitos de UTI na RMC está no nível de fase vermelha

A RMC (Região Metropolitana de Campinas) encerrou a 7ª Semana Epidemiológica (14 a 20 de fevereiro) com queda de 5,9% nos casos e 8,2% nas mortes por Covid-19. Contudo, de acordo com análise do infectologista André Giglio Bueno, divulgada em nota técnica do Observatório PUC-Campinas ontem, a situação dos serviços de saúde – que continua com taxa de ocupação de leitos de UTI acima dos 80% – é compatível com a fase vermelha.
“É interessante ressaltar a distorção entre a classificação da região, atualmente na fase amarela do Plano São Paulo, e a realidade vivida em âmbito regional. Aliado ao crescimento na taxa de ocupação dos leitos de UTI, há um contexto extremamente preocupante de possível circulação de novas variantes mais transmissíveis”, alerta o professor, que defende a adoção de medidas mais restritivas.
“Seria essencial, além dos esforços para aumentar a capacidade do sistema de saúde, promover ações capazes de diminuir a circulação do vírus, basicamente com medidas para reduzir e evitar circulação de pessoas e aglomerações, além de assistência, testagem ágil e isolamento rígido de todos os suspeitos”, conclui Giglio.
Em relação à última semana, a RMC apresentou quedas de 5,9% nos casos e 8,2% nas mortes, que resultaram das 4,7 mil novas infecções e 112 óbitos notificados. Contudo, o DRS-Campinas, embora também tenha manifestado um comportamento de queda, registrou aumento de quase 12% nas internações de pacientes suspeitos ou confirmados para coronavírus.
Do ponto de vista econômico, segue a expectativa pela vacina e imunização da população, vistas como solução definitiva par o fim das restrições impostas às atividades econômicas. Enquanto isso, o economista Paulo Oliveira, que coordena as análises relativas à covid-19 no Observatório PUC-Campinas, afirma que medidas de proteção da renda e do emprego devem ser tomadas, aponta a nota técnica. A reativação do auxílio emergencial está sendo discutida no governo.
“Sem essas medidas, diante do cenário econômico e social atual, os efeitos da pandemia podem ser devastadores para a economia brasileira, e consequentemente para a economia regional nos próximos meses”, avalia o professor extensionista.
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