Santa Bárbara d’Oeste ganhou dois novos moradores, uma serpente e uma jabuti. Os animais são os novos residentes do Cetras (Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres) e como não podem retornar à natureza, foram autorizadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) a serem utilizadas em educação ambiental durante a visita dos alunos ao Cesb (Centro Ecológico de Santa Bárbara d’Oeste)
A médica veterinária do Cetras, Taciana Dallarosa, conta que os animais vieram de tráfico ilegal.
“Tanto a jabuti quanto a serpente, elas vieram de um tráfico ilegal, então eram animais domesticados e isso não pode, porque ser silvestres. E quanto a essa domesticação, principalmente a serpente por ser exótica, elas acabaram vindo no Cetras para tentarem serem reabilitadas na natureza. No momento, não está sendo indicado elas terem essa reabilitação, por estarem sem destino, teve essa oportunidade de juntar esse momento com o setor da educação para poder mostrar essa experiência para a criançada, para fazer essa educação ambiental para essas crianças, que normalmente são elas que pedem para os pais, animais diferentes, sendo que não é tão fácil essa criação, na verdade nem é indicado. Então a gente está tentando fazer com que pequenos grupos tenham contato com esses animais de uma forma mais natural e saudável para ter esse conhecimento de que esses animais existem, mas eles não são pets”.
A rotina de tratamento de cada um desses animais necessita de cuidados específicos para manter a sua saúde.
“Eles têm um tratamento mais diferenciado dos demais e aí nesse caso, nesse verão, essa incidência solar, acaba que eles precisam ter essa absorção, então a gente tira eles do recinto diariamente, maneja eles, justamente para ter essa aproximação. Eles têm alimentação específica, então no caso a serpente ela come pequenos roedores de 15 a 30 dias, depende muito até do estágio de troca de pele que ela tem, e a jabuti ela ama a carne, ela é um onívoro, então ela pode comer de tudo, na verdade a gente fala um herbívoro seletivo, mas por conta da criação dela, ela ama a carne, e ela até tem uma deformação no casco, mas a gente tenta reduzir esse fornecimento, então não chega nulo, porque ela precisa dessas proteínas, mas a gente vai reduzindo para que ela fique melhor comendo flores, frutos, do que ela fique comendo só o que ela quer”, explicou a veterinária.
A cobra-do-milho é conhecida como ‘corn snake’ em inglês pela presença regular da espécie perto de celeiros. Elas não tem veneno funcional e ajudam a controlar populações de roedores selvagens que danificam cultivo e propagam doenças. Já o jabuti, um réptil. E são animais que possuem casco convexo, carapaça bem arqueada e pernas grossas. A carapaça é uma estrutura óssea formada pelas vértebras do tórax e pelas costelas.
Cesb reúne Minifazenda, borboletário e centro de reabilitação de animais silvestres
Inaugurado em novembro de 2022 pelo prefeito Rafael Piovezan, o CESB foi projetado para ser vivenciado como um laboratório a céu aberto, sendo um dos espaços públicos mais completos da região.
Além da serpente e da Jabuti, o CESB reúne estruturas como Minifazenda, Borboletário, Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, Centro de Equoterapia, Herbário, Meliponário, Minhocário, Mirante, entre outros.
“Estamos 240 animais. 90% são aves, bastante de apreensão, então vem por tráfico ilegal, às vezes a pessoa até tenta criar de uma forma que se assemelha, mas como essa origem ela veio não legalizada pelo IBAMA, acaba que o animal foge, o vizinho denuncia e eles são apreendidos e chegam para gente”, comenta Taciana Dallarosa.
O Cesb fica na Rua da Cachoeira, nº 1.220, no São Joaquim. Mais informações podem ser obtidas via e-mail cesb.sbo@edu.santabarbara.gov.br ou telefone (19) 3463.1340.