Ao menos 3 milhões de trabalhadores brasileiros deixaram de ser sindicalizados desde a reforma trabalhista feita em 2017, mostram dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio)Contínua do ano passado, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (26).
Eram 13,5 milhões de brasileiros ocupados e sindicalizados em 2016, último ano antes de a reforma entrar em vigor.
A partir do ano seguinte, o País começou a registrar queda brusca no contingente de trabalhadores ligados a sindicatos em geral.
No ano passado, chegou a 10,5 milhões, uma queda de aproximadamente 3 milhões.
Além da redução, o País também aumentou o número de pessoas ocupadas em quase 4 milhões no período.
Eram 90,8 milhões em 2016, passando a 94,6 milhões no ano passado. E o percentual de trabalhadores sindicalizados caiu de 14,9% para 11,2%.
MUDANÇAS
A reforma trouxe liberdade de associação sindical e deu aos trabalhadores possibilidade de negociar bancos de horas, jornadas e outros itens individualmente, sem participação de sindicatos.
Por exemplo, criou um novo tipo de demissão, que pode ser negociada por patrões e empregados, e estabelece normas que reduziram a interferência dos sindicatos. Em caso de o funcionário ser demitido, a rescisão do contrato de trabalho não precisa mais ser homologada pelos sindicatos, por exemplo.