Policiais civis promoveram ontem protestos em várias regiões do País contra a Reforma da Previdência que, se aprovada na forma proposta pelo Governo Federal, retira vários direitos da categoria, de acordo com os policiais. Em Campinas, dezenas de agentes fizeram manifestação em frente ao 1º DP (Distrito Policial), no Centro, e depois seguiram para a 2ª Delegacia Seccional.
Houve interrupção de uma hora no atendimento ao público, exceto para casos urgentes.
Entre as alterações previstas na reforma, que a categoria é contra, está o fim das regras de transição de aposentadoria para os policiais civis, além do término da integralidade – que é a aposentadoria com 100% da última remuneração – e também da paridade (quando os policiais aposentados recebem o mesmo que os servidores da ativa”. Além disso, a pensão para os filhos menores de 18 anos também será reduzida.
“Nós pedimos apenas a igualdade de direito entre as forças de segurança. Tivemos reuniões com o Governo Federal, mas os direitos estão sendo mantidos só para policiais militares e Exército. Nós da Polícia Civil perdemos tudo”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Campinas (Sinpol), Aparecido Lima de Carvalho, o “Kiko”. O Sinpol Campinas atua em 65 cidades paulistas, entre as quais as 20 da RMC (Região Metropolitana de Campinas).
A indignação dos policiais civis é que para a Polícia Militar, conforme o texto da reforma enviado ao Congresso, continuariam paridade e integralidade, pensão completa e a regra de transição para optar entre se aposentar aos 55 anos ou com 17% do tempo restante que faltar para se aposentar e ainda seria mantido em 10,5% a contribuição para a Previdência.
Para o dia 21 de maio, os policiais civis prometem, pelo mesmo motivo, grande manifestação, em Brasília.
