sexta-feira, 22 novembro 2024
SESSÃO TURBULENTA

Câmara de Americana aprova moção de apelo pela aprovação de PL do Aborto no Congresso Nacional

Proposta foi apresentada pelo vereador Silvio Dourado (PL); sessão foi marcada por protestos contra e a favor da medida
Por
Renato Pereira
Foto: Divulgação

A sessão desta terça-feira (25) da Câmara de Vereadores de Americana foi marcada por protestos de grupos e movimentos sociais contra e a favor de uma moção apresentada pelo vereador Sílvio Dourado (PL).

A proposta de Dourado, a moção nº 421/2024, é um apelo ao Congresso Nacional pela aprovação do Projeto de Lei nº 1904/2024, o chamado PL do Aborto, que equipara a pena de aborto feito após 22 semanas de gestação a de um homicídio simples. Na prática, Dourado buscava a chancela dos parlamentares americanenses para que se manifestassem como instituição a favor do projeto de lei em debate no Congresso Nacional.

A moção foi aprovada por 12 votos favoráveis.

Foram contra a proposta os vereadores Fernando da Farmácia (PSD) e Professora Juliana (PT). Os vereadores Dr. Daniel (Progressistas) e Vagner Malheiros (Novo) optaram por se absterem do voto. Já os vereadores Juninho Dias (MDB) e Thiago Martins, presentes no início da sessão, se ausentaram durante a votação da moção.

A vereadora Professora Juliana (PT) pediu a votação da proposta de Dourado em separado do conjunto de moções. Geralmente, os documentos do gênero são votados em conjunto. A sugestão foi acatada pelo presidente da casa, o vereador Thiago Brocchi (PL).

Antes do início da votação da moção, a sessão teve de ser suspensa por Brocchi para a retirada, pela Guarda Municipal, de uma manifestante contrária a moção.

PL do Aborto

No último dia 12, a Câmara dos Deputados aprovou a tramitação, em regime de urgência, do projeto de lei para aumentar de dez para 20 anos a pena por aborto de gestações acima de 22 semanas.

Atualmente, a lei permite a interrupção da gravidez em casos de estupro, de risco de vida à mulher e de anencefalia fetal, quando não há formação do cérebro do feto). O Código Penal não traz um tempo máximo de gestão para o aborto legal.

Para entrar em vigor, o texto precisa ser aprovado por ambos os plenários do Congresso Nacional, Câmara de Deputados e Senado.

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