A greve dos funcionários dos Correios continua por tempo indeterminado porque não houve acordo na audiência de conciliação realizada no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília, às 15h desta sexta-feira (11). A paralisação completa 26 dias neste sábado (12).
A informação foi confirmada pelo SintectCas (Sindicato dos Trabalhadores em Correios de Campinas e região) e pela Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares). A reunião de conciliação convocada pela ministra do TST Kátia Arruda terminou na noite desta sexta.
Segundo os sindicatos, a direção da ECT “mostrou intransigência e não negociou”. A empresa não apresentou proposta. O julgamento do dissídio coletivo foi marcado para 21 de setembro.
O diretor do SintectCas, Luciano Zubinha Pires, informou que a empresa não apresentou nenhuma proposta, não chegaram em um acordo e, por isso, a greve continua.
Os sindicatos informaram que a ministra questionou a direção da empresa sobre a manutenção das cláusulas sociais que não teriam impacto econômico. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores, a empresa não apresentou proposta. A ECT retirou 70 das 79 cláusulas negociadas com a categoria, em razão dos reflexos da pandemia.
“A resposta da direção foi a de que não havia interesse por parte da empresa nessas cláusulas, e que a proposta já garantia tudo o que está previsto na legislação”, trouxe a nota dos sindicatos.
A empresa alegou, na audiência, impactos financeiros por causa da pandemia do novo coronavírus, o que inviabilizava a manutenção de 70 cláusulas que serão retiradas do acordo.
PASSEATA
Cerca de 300 funcionários dos Correios de Campinas e região, segundo os organizadores, realizaram a terceira passeata em Campinas, nesta sexta-feira (11), contra a privatização e para manter os direitos trabalhistas da categoria. A passeata percorreu as ruas centrais da cidade.