Um familiar da professora de karatê gravemente ferida no acidente no Jardim Molon, em Santa Bárbara, está pedindo ajuda para a cessão de uma cadeira de rodas. Ela ficou com ferimentos graves nos membros inferiores e precisará se locomover com cadeira de rodas por alguns meses.
O apelo foi feito pela sobrinha da vítima, a estudante de Direito Giovanna, 19, que se identificou apenas pelo primeiro nome. A sobrinha relatou que a tia, a professora de karatê Júlia Francieli de Oliveira, 39, já teve alta do hospital e terá de usar cadeira de rodas por meses.
Ela relatou que a tia teve ferimentos do quadril até os pés. A vítima quebrou o pé e a perna, e teve ferimentos na região traseira da coxa. Teve que enfaixar a perna. “Ela vai ficar sem andar por um tempo”, relatou a sobrinha. A estudante contou que sua tia dirigia uma moto, estava na mão dela e subia a rua até o Tenda Atacado para comprar tomates para fazer lanches, um serviço que passou a executar por causa da suspensão das aulas durante a pandemia do novo coronavírus. Ela passou a fazer lanches para ter uma renda extra durante a pandemia, contou a sobrinha.
Segundo a estudante, a caminhonete bateu primeiro no Clio e depois atingiu a moto. A colisão com o carro amorteceu o impacto com a moto, dirigida pela professora. Se fosse o contrário, disse, sua tia não teria resistido.
A professora mora com outras duas sobrinhas na Vila Oliveira, em Santa Bárbara. A família entrou em desespero ao ficar sabendo do acidente. “No momento que ligaram avisando, minha pressão subiu e entrei em estado de choque. A gente pensou no pior. A gente passou muito mal”, relatou a estudante de Direito.
A sensação foi de agonia, mencionou Giovanna. A família só conseguiu dormir, já de madrugada, depois do relatório médico que a vítima havia sobrevivido ao grave acidente. A professora tinha alta prevista para hoje e iria descansar, sem condições de conceder entrevista à reportagem.
Além da motociclista, ficaram feridos no acidente três mulheres: Roberta Aparecida de Brito (que estava no Clio), 37, Camila Garrigó Rossi, 31, e Ana Teixeira Garrigo, 74; além deles, a mãe de Camila, Rosiclei Garrió, 51, e o filho dela, uma criança de 7 anos, e o tecelão João Mendes de Souza, 47.
Populares informaram os guardas civis municipais que o condutor do veículo trafegava em alta velocidade quando bateu em outro carro, invadiu a pista contrária, colidiu com uma motocicleta e, por último, atingiu a barraca de pastel.
O caso foi registrado como lesão corporal e homicídio culposo na direção de veículo automotor no plantão policial da cidade.