sábado, 27 abril 2024

Coleta de sangue externa garante 30% do estoque do Hemocentro da Unicamp

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) – que mantém um dos seis hemocentros públicos regionais do Estado de São Paulo – consegue 30% de seu estoque por meio de coletas externas. Como as que acontecem periodicamente nas cidades de Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa. 

As equipes de profissionais são deslocadas para cada cidade e fazem a coleta em espaços cedidos por unidades de saúde, ou em locais adaptados. A ação voluntária, em favor da saúde pública, é executada com a ajuda de clubes de serviço e entidades sociais. 

A sociedade civil é engajada em benefício da saúde coletiva. Para se ter uma ideia, o Hemocentro da Unicamp atua em uma área de abrangência composta por 80 municípios, e conta atualmente com um grupo cadastrado fixo, em Campinas, de 6 mil doadores. 

As coletas externas são essenciais, principalmente nesta época do ano, quando caem as doações, por conta das festas e das férias. O hemocentro tinha oito mil candidatos relacionados em janeiro, mas dois mil não efetivaram a doação. 

De acordo com a assistente social Roberta dos Santos, hoje existe uma conscientização maior da população sobre a importância da doação. Agora, fala, as mulheres se destacam como doadoras no   hemocentro. Inciativa que, até bem recentemente, era comum só entre os homens. 

“As coletas externas são feitas sempre que as cidades se dispõem a receber as equipes, e a periodicidade delas depende do número de doadores”, afirma. 

“Como existem custos para o deslocamento de técnicos e equipamentos, procuramos concentrar a atividade, recebendo o número máximo de doadores em um único dia”, explica. 

SAIBA MAIS 

O Hemocentro da Unicamp mantém um telefone especial para que lideranças políticas e sociais da região solicitem a coleta externa de sangue. Basta que os interessados de cada cidade entrem em contato pelo 0800-722-8432.  

DOAÇÃO CAI NO INÍCIO DO ANO  

O banco de sangue do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, recebe, em média, entre 200 e 250 doadores a cada mês. O número é historicamente menor entre os meses de janeiro e fevereiro, segundo a direção, em virtude das férias, mas a situação está sob controle. 

O   estoque mantido precisa estar relacionado com o número de pacientes que precisam da transfusão. As bolsas possuem prazo de validade, o que impede a coleta em grande escala. 

Por conta disso, é feito um controle diário do estoque.  Os tipos sanguíneos com maior demanda são os mais comuns: o O positivo e o A positivo. Os mais necessários no banco são o O negativo e o A negativo, mais raros. 

As doações podem ser feitas às segundas, terças, quintas e sexta, das 8h às 11h30.  O banco de sangue de Americana funciona na Avenida da Saúde, 415, no Jardim Nossa Senhora de Fátima. O telefone para contato é o 3468-1739.  

DOE 

– Precisa ter, no mínimo 16 anos, mas acompanhado de um responsável legal. A idade máxima é 69. – Precisa pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em perfeito estado de saúde. – Caso seja tabagista, precisa ficar pelo menos duas horas sem fumar antes da doação. No caso de bebidas alcoólicas, pelo menos 12 horas. – Não deve comer alimentos gordurosos até o dia anterior da coleta nem estar em jejum. Precisa estar bem alimentado para não ter problema de queda da pressão arterial durante a coleta. – Precisa avisar se faz uso de alguma medicação – é importante informar os nomes dos medicamentos. – Deve informar sobre cirurgias às quais foi submetido. Quem foi submetido à aplicação de piercing ou tatuagens deve respeitar prazo de 12 meses para realizar a doação. – Quem foi submetido a endoscopia ou colonoscopia deve permanecer pelo menos seis meses sem doar; pessoas que estiverem gripadas/resfriadas ou com renites e alergias devem aguardar pelo menos sete dias após o término dos sintomas para a doação. 

NOVA ODESSA 

A Secretaria de Saúde de Nova Odessa é uma das parceiras do Hemocentro da Unicamp para a coleta externa. A campanha “Doe Sangue, Salve Vidas” é promovida a cada dois meses na cidade, em parceria com o Lions Clube, tradicional clube de serviços. A atividade acontece no Ambulatório de Especialidades, e a secretaria garante o apoio logístico, deslocando profissionais para essa ação. Em 2018 foram coletadas 420 bolsas de sangue na cidade. No ano passado, 440. 

SANTA BÁRBARA D’OESTE 

Em Santa Bárbara d’Oeste, a parceria com o Hemocentro existe há pelo menos duas décadas. E ela também é organizada pelo Lions, que atualmente improvisa a sede central do clube de serviços para a atividade (Rua dos Antúrios, 96, Jardim Dulce). De acordo com o repórter fotográfico José Roberto Bueno, 55, secretário do Lions barbarense, a cidade conta atualmente com 80 doadores cadastrados. Já houve até um número maior, o que exigia o deslocamento dos técnicos para a cidade pelo menos uma vez por mês.  

“É uma iniciativa simples, segura, mas essencial. Uma única bolsa é capaz de salvar capaz de salvar quatro vidas”, resume. Para divulgar a execução periódica da coleta, o Lions reúne todos os doares em um grupo do WhatsApp, e conta com eles para a difusão boca a boca, nas ruas, do agendamento previsto. 

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