sábado, 23 novembro 2024

Casos de dengue triplicam na Região Metropolitana de Campinas

Os casos de dengue deram um salto nas cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) neste ano. De janeiro a setembro foram contabilizados 1.563 casos, contra 425 em todo o ano passado, um aumento de 267,7%. No entanto, o número na região pode ser ainda maior porque as prefeituras de Artur Nogueira, Cosmópolis e Vinhedo não responderam aos questionamentos sobre casos registrados neste ano.

A cidade que mais chama atenção é Jaguariúna. O município teve apenas seis casos no ano passado, mas em 2018 registrou 86. Um aumento de 1333,3%.

Santo Antonio de Posse é outra que teve uma explosão da doença. O município tem 1.011 casos da doença neste ano, ante apenas 82 no ano passado, o que representa um crescimento de 1132,9%.

Já Hortolândia, que registrou 105 casos positivos da doença em 2017 conseguiu baixar para 36 neste ano, uma redução de 65,71%.

A Prefeitura de Jaguariúna afirmou que as equipes do Setor de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde fazem o trabalho de combate. “Frequentemente elas realizam busca ativa dos casos confirmados e mutirões preventivos de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue e da febre amarela em área urbana”, informou.

Ainda segundo a prefeitura, nas visitas às residências os profissionais da saúde reforçam as orientações sobre a importância da prevenção, por parte dos moradores.

Já Santo Antonio Posse informou que trabalhou com a prevenção e contenção. De acordo com a assessoria, nos primeiros meses do ano foram necessárias medidas de combate mais “duras” por conta do grande número de casos.

“Foram realizados mutirões, campanhas educacionais com os alunos da rede municipal de ensino, visitas aos domicílios para ação de vistoria e limpeza nas residências com foco de dengue, nebulização em todos os bairros e ainda contamos com o apoio dos agentes de controle de vetores da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), com o objetivo de orientação, tratamento e eliminação de focos de dengue”, informou.

A Prefeitura de Hortolândia intensificou as ações de conscientização com informações de como eliminar criadouros do mosquito.

No último dia 20, foi feito um arrastão no Jardim Sumarezinho. De acordo com informações da UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses), foram recolhidos quatro caminhões de materiais inservíveis durante a Operação Cata-Bagulho, o equivalente a 15 toneladas de materiais que poderiam se tornar criadouros do mosquito.

FEBRE AMARELA
Os casos de febre amarela também cresceram 250% em 2018. No ano passado foram quatro casos na região, enquanto neste são 14. Campinas e Morungaba registraram um, Paulínia cinco e Valinhos sete.

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. Em áreas de mata, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes.

Já no ciclo urbano, a transmissão é feita pelo mosquito da dengue. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.

Ao contrário da dengue, existe vacina contra a febre amarela, para receber basta se dirigir a um posto de saúde.

 
 

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