Bruna Alexandre ganhou no tênis de mesa; Vinícius Rodrigues, nos 100m; e Alessandro Rodrigues da Silva, no arremesso de peso
O Brasil conquistou na manhã desta segunda-feira (30) mais três medalhas de prata nas Paraolimpíadas de Tóquio. Foram com Bruna Alexandre no tênis de mesa, Vinícius Rodrigues nos 100m classe T63 (para atletas amputados de membros inferiores com prótese) e Alessandro Rodrigues da Silva, arremesso de peso. Claudiney Batista dos Santos já havia conquistado a medalha de ouro e quebrado o recorde paraolímpico no lançamento de disco. Bruna Alexandre perdeu a final do tênis de mesa classe 10 (para atletas andantes) nas Paralimpíadas de Tóquio para a australiana Qian Yang por 3 sets a 1, com parciais de 13/11, 6/11, 11/7 e 11/9.
É PRATA! ??
Em uma partida disputadíssima, Bruna Alexandre é derrotada pela australiana Qian Yang por 3 sets a 1 e fica com a segunda posição na classe 10. Você jogou MUITO, Bruna! PARABÉNS ??#ParalimpicoEmToquio #JogosParalimpicos pic.twitter.com/WhOlFZbNLJ
— Comitê Paralímpico Brasileiro -ブラジルパラリンピック委員会 (@cpboficial) August 30, 2021
A brasileira vinha fazendo campanha perfeita em Tóquio, com 100% de aproveitamento até a decisão. Na final, porém, ela enfrentou a atleta que havia derrotado a polonesa Natalia Partyka, tetracampeã paralímpica e pentacampeã mundial individual na fase anterior, não conseguindo o triunfo sobre a chinesa naturalizada australiana.
O primeiro set da decisão começou nivelado. A brasileira, porém, abriu vantagem, de 8/3 e 10/7. Só que permitiu a reação da australiana. A adversária salvou set points, virou o placar e finalizou o primeiro game em 13/11. O segundo set teve superioridade de Bruna, que chegou a abrir frente de cinco pontos e a manteve para vencer por 11/6, empatando o jogo.
Embora muito focada na partida, a brasileira teve uma tarefa difícil no terceiro set. E mesmo com um bom começo, chegando a liderar o placar por 4/1, viu a australiana ficar na frente e fechar o game por 11/7.
A vitória de Yang no terceiro set prejudicou a sequência de Bruna na partida, que errou bastante e deixou a australiana abrir vantagem no quarto. Aguerrida, ela foi buscar o empate, mas não conseguiu a virada. E a australiana conquistou o ouro paralímpico após fechar o set em 11/9.
Apesar da derrota, a trajetória de Bruna no Japão foi emocionante. Na semifinal, ela ganhou de virada da Shiau Wen, de Taiwan, por 3 a 1, conseguindo se classificar para a disputa do ouro. Nas fases anteriores, ela venceu seus dois confrontos, o primeiro contra a australiana Melissa Tapper por 3 sets a 0, e o segundo jogo contra Yu Tzu Lin, de Taiwan, pelo mesmo placar.
Essa é a melhor campanha paralímpica da brasileira, de 26 anos, que agora leva a medalha prateada para casa. E, assim, confirmou sua evolução. Afinal, ela foi quinta colocada em Londres, em 2012. Na sequência, no Rio de Janeiro, em 2016, Bruna conquistou o bronze. Cinco anos depois, ela disputou uma final muito equilibrada e saiu com a prata.
Além do bronze no individual nas Paralimpíadas de 2016, ela conquistou outra medalha por duplas, também de bronze. Em seu acervo de conquistas, a brasileira acumula um bronze no individual e por equipes no Mundial da China 2014.
A mesa-tenista de Criciúma (SC) iniciou na modalidade aos 12 anos, por influência de seu irmão, e competiu até 2009 em torneios para atletas sem deficiência. A jovem amputou o braço aos seis meses de vida, uma injeção mal aplicada provocou uma trombose.
A prata de Bruna é a segunda medalha do tênis de mesa do Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio, pois Cátia Oliveira foi bronze na disputa das classes 1 e 2, para atletas cadeirantes.
Também nesta segunda-feira, o Brasil conquistou outras duas medalhas de prata em Tóquio no atletismo. Nos 100m classe T 63, Vinícius Rodrigues terminou em segundo lugar. Essa foi a mesma posição de Alessandro Rodrigues da Silva, arremesso de peso. Agora o Brasil passa a somar 34 medalhas em Tóquio. São 11 ouros, 8 pratas e 15 bronzes.
Aquele um centésimo… Vinícius Rodrigues fica com a prata nos 100m T63#Atletismo #JogosParalímpicos #ParalimpicoEmToquio
?: Miriam Jeske / CPB pic.twitter.com/rA1SmiIXJF
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