A corporação reconheceu que falhou ao não atender um acidente de trânsito e contribuiu para a morte de uma mulher de 25 anos
A polícia da Escócia reconheceu que falhou na resposta a um chamado de um acidente de trânsito e contribuiu para a morte de Lamara Bell, de 25 anos. A polícia recebeu o chamado de socorro, mas o pedido não ficou registrado. Sendo assim, nenhuma viatura foi ao local.
Três dias depois, após receberem um chamado de socorro de uma pessoa que percebeu que havia uma mulher dentro do carro, acidentado, é que a polícia chegou ao local. O acidente aconteceu em 2015.
Lamara e o namorado, John Yuill, de 28 anos, trafegavam pela rodovia perto de Stirling quando o Renault Clio onde estavam bateu e caiu em um barranco. John morreu no local.
Lamara foi resgatada três dias depois do acidente, mas morreu, quatro dias depois, no hospital. Ela teve uma lesão cerebral e sofreu uma desidratação grave.
A família da mulher entrou com uma ação contra a polícia, que alegou um erro no sistema de atendimento de chamadas. A Suprema Corte de Edimburgo foi informada de que Lamara, que era mãe de dois filhos, provavelmente teria sobrevivido se tivesse sido encontrada antes.
A Justiça multou a polícia em 100 mil libras (pouco mais de R$ 700 mil). A mãe de Lamara, Diane, disse que agora pode dizer que sua filha “teve justiça”.
O juiz, Lord Beckett, disse que a acusação e condenação do serviço policial da Escócia no Tribunal Superior era algo “sem precedentes”. “Este caso surgiu de acontecimentos terríveis em que morreram duas pessoas relativamente jovens, uma delas após dias de severo sofrimento físico, quando ela devia estar em um estado de ansiedade quase inimaginável”, disse ele.