O juiz Sergio Moro, indicado ao superministério da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro (PSL), decidiu antecipar a sua saída da magistratura e pediu na manhã de ontem a exoneração do cargo.
O ato de exoneração foi expedido durante a tarde pelo presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), Thompson Flores, e será válido a partir de segunda.
Na solicitação, Moro afirma que pretendia fazer o pedido “no início de janeiro, logo antes da posse no novo cargo”.
“Entretanto, como foi divulgado, houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo”, disse o futuro ministro, no ofício.
Segundo o juiz, a antecipação foi feita para evitar “controvérsias artificiais”. Ele inicialmente havia solicitado férias até o dia 21, mas disse que depois renovaria a solicitação até o dia 19 de dezembro.
Depois que o ato for publicado no Diário Oficial da União, será aberto um edital para que outro magistrado ocupe a titularidade da 13ª Vara Federal em Curitiba.
Atualmente, os processos da Lava Jato na primeira instância do Paraná são tocados pela juíza substituta Gabriela Hardt.