O índice de convictos sobre a escolha que fizeram é o maior numericamente entre os levantamentos mais recentes do instituto
O quadro de estabilidade explicitado pela pesquisa Datafolha desta quinta-feira (23) pode ser explicado também pelo percentual expressivo, de 70%, dos eleitores que afirmam já estarem totalmente decididos sobre seu voto na eleição presidencial. A parcela dos que ainda podem mudar a escolha é minoritária.
O índice de convictos sobre a escolha que fizeram é o maior numericamente entre os levantamentos mais recentes do instituto. Essa fatia era de 67% em março e de 69% em maio.
A nova rodada da pesquisa mostrou também que o presidenciável Ciro Gomes (PDT) segue sendo aquele com maior chance de receber o voto do eleitor na hipótese de ele mudar de ideia em relação à sua atual decisão.
O ex-ministro, terceiro colocado em intenções de voto, é citado como alternativa por 22% dos entrevistados quando indagados sobre o nome predileto caso não votem naquele já escolhido.
Ciro também liderou o ranking de segunda opção na pesquisa de maio (20%), mas desde então não viu os ponteiros de intenção de voto nele variarem substancialmente -seus índices de preferência foram de, respectivamente, 7% e 8%, em oscilações dentro da margem de erro.
Os protagonistas da disputa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), mantiveram no levantamento mais recente a fidelidade de importantes parcelas de seus respectivos eleitorados. É o inverso do que ocorre com Ciro, que tem simpatizantes mais voláteis.