O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionou nesta quinta-feira (25), no Palácio dos Bandeirantes, a lei que estabelece o novo salário mínimo paulista com valor de R$ 1.550. O texto foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) no último dia 10 e aguardava sanção do governador paulista.
A lei apresenta reajuste superior ao salário mínimo nacional para as duas faixas de remuneração – de R$ 1.284 no estado e R$ 1.306 a nível nacional, definindo agora, o mesmo piso monetário. A menor faixa contou com aumento de de 20,7% e a maior de 18,7%.
A lei será publicado no Diário Oficial do Estado, formalizando o trâmite legal para a aplicação do reajuste. A lei passa a vigorar em 1º de junho.
Tarcísio ainda comentou sobre o aumento do piso salarial das policias de São Paulo, que teve reajuste de 20,2% anunciado na última terça-feira (23). “A gente sabe que muitos passos têm que ser dados, mas estamos dando um primeiro passo e um primeiro passo importante”, disse o governador.
Tarcísio ressaltou estar feliz com a promessa de campanha sendo cumprida e se comprometeu com a causa trabalhista, afirmando dar mais passos para a recuperação do poder de compra paulista, sendo mais aberto a dialogo junto aos centros sindicais. “Nós não vamos passar nenhum ano em São Paulo sem aumento real de salário mínimo acima da inflação”, reforçou Tarcísio.
A cerimônia contou com a presença do secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lima, dos secretários estaduais Gilberto Kassab (Governo e Relações Institucionais) e Jorge Lima (Desenvolvimento Econômico), da Procuradora-Geral do Estado, Inês Coimbra, do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL), além de parlamentares, autoridades estaduais e municipais.
O presidente da Alesp ressaltou a importância do reajuste e o empenho dos parlamentares para aprovar a proposta do Governo de São Paulo, segundo o parlamentar, o maior desde 2007. “Quando a gente fala em piso salarial, a gente está falando do atendimento à demanda da população que mais precisa. E é importante esse olhar para essa camada mais carente”, disse André do Prado.
Antonio Neto da Central Sindical Brasileira (CSB) e o presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, também estivaram na cerimônia representando as principais lideranças sindicais do estado presentes – A Força Sindical Nacional (FNS), Força Sindical do Estado de SP, Nova Central, Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Ricardo relembrou que o aumento desse piso tem significado importante e que os sindicatos estão sempre dispostos a conversar. “O movimento sindical não é só para carregar bandeira e falar de questões relativas ao mundo do trabalho. Nós queremos falar de reforma tributária, nós queremos falar da política industrial também”, concluiu o sindicalista.