sábado, 26 abril 2025

Amamentação ajuda a prevenir câncer de mama e outras doenças

 Risco de desenvolver tumor cai 4,3% a cada 12 meses de aleitamento

Foto: Priscila Gomes Nóbrega / Arquivo pessoal

 O ato de amamentar traz inúmeros benefícios para o bebê, como a melhora nutricional, os efeitos protetores contra infecções mais comuns, como a diarreia e a infecção respiratória, e ainda minimiza o risco de alergias e obesidade nas crianças. Conheça mais sobre os benefícios para as crianças na primeira matéria desta série de reportagens sobre o Agosto Dourado, a campanha de incentivo a amamentação.

A amamentação traz grandes vantagens também para a mãe, como diminuição do risco de câncer de mama, ajuda no pós-parto, já que o útero se contrai e volta ao tamanho normal mais rapidamente, aumenta o fluxo de ocitocina, o hormônio do amor, evitando perdas de sangue e anemia, além de ter efeito antidepressivo. Cada vez mais, as mulheres estão se dedicando a amamentar exclusivamente até os seis meses de vida, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

Segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil do Ministério da Saúde, com dados de 2019 e publicado em 2020, os índices de aleitamento materno estão aumentando no Brasil e mais da metade das crianças brasileiras são amamentadas no primeiro ano de vida, sendo que 45,7% das menores de seis meses recebem somente leite materno como alimento. A pesquisa ainda revela que aumentou a taxa de adesão das mulheres que promovem a amamentação exclusiva. Os dados mostram que, em 2019, a prevalência foi de 60% no Brasil.

Um estudo da Organização Mundial de Saúde com o Fundo das Nações Unidas para a Infância realizado em 2019, mostrou que as taxas globais de aleitamento materno permanecem baixas, com apenas 43% dos recém-nascidos iniciando o aleitamento materno dentro da primeira hora após o parto e 41% dos bebês com menos de seis meses de idade exclusivamente amamentados. Embora 70% das mulheres continuem amamentando por pelo menos um ano, as taxas de aleitamento materno caem para 45% aos dois anos de idade.

A farmacêutica Priscila Gomes Nóbrega sabe dos benefícios da amamentação para o seu primeiro filho, o Davi, de 4 meses. “A opção por amamentar foi exclusivamente pensando no meu filho, em todos os benefícios da amamentação. Para ser uma criança saudável, tanto fisicamente, emocionalmente e pelo vínculo que a amamentação gera”.

“Não é só o Davi que ganha. Os benefícios que geram para mim são como uma consequência, a maioria deles eu descobri até depois que já tinha iniciado a amamentação. Reuni o útil ao agradável, a gente só tem a ganhar, não tem nada que se perca com a amamentação. Inclusive tempo e dinheiro a gente ganha: o leite está prontinho, não tem que ficar carregando um monte de mamadeira”, brinca Priscila.

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