Um ataque a tiros deixou ao menos sete mortos em Milwaukee, no estado de Wisconsin, na Costa Leste dos Estados Unidos, segundo o jornal Chicago Tribune.
O incidente ocorreu no complexo da cervejaria Molson Coors por volta de 14h11 (11h11 em Brasília). A empresa enviou um e-mail aos funcionários que estão no local alertando para a presença de um atirador em um dos prédios. Ao menos 600 pessoas trabalham no complexo.
O prefeito da cidade, Tom Barrett (Partido Democrata), afirmou a emissoras locais que o suspeito está morto e que policiais estão realizando varreduras para garantir que não há outras ameaças.
A polícia informou numa rede social que está investigando um “incidente crítico” que ainda está em andamento. Há um grande número de policiais, ambulâncias e bombeiros no local, além de agentes do esquadrão antibombas.
Na última década, o número de ataques a tiros nos Estados Unidos triplicou, somando 526 mortes de acordo com dados de agosto de 2019.
A cada incidente, os EUA retomam o debate sobre restringir a posse de armas, mas as propostas não conseguem avançar.
Grupos armamentistas do país argumentam que a Segunda Emenda da Constituição americana dá ao indivíduo o direito de ter e portar uma arma de fogo.
O número estimado de armas (registradas e ilegais) nos EUA varia de 265 milhões a quase 400 milhões -a população americana soma cerca de 328 milhões de habitantes.
A presidente da Câmara de Deputados americana, Nancy Pelosi, disse que “o Congresso tem o dever [junto às vítimas] de tomar medidas reais para pôr fim à violência com armas de fogo”.
O tema é um dos pontos centrais do debate político que antecede as eleições presidenciais de novembro deste ano -democratas defendem regras rígidas para restringir a venda de armas, enquanto republicanos em geral adotam uma posição conservadora se baseando na Segunda Emenda.