Aparelhos telefônicos são os alvos principais dos ataques, que têm como vítimas preferenciais mulheres, casais ou pessoas desacompanhadas
Em São Paulo, no início de maio, o governo estadual anunciou uma série de medidas para coibir a ação de criminosos que se passam por entregadores de aplicativo e praticam roubos e furtos na cidade. A “Operação Sufoco” ganhou as ruas dias depois que um jovem de 20 anos foi assassinado por um homem que fingia trabalhar com delivery. Ainda misturados, nas estatísticas, a outros tipos de roubo, crimes cometidos por falsos entregadores, em geral contra pedestres, chamam atenção no Rio desde o ano passado.
No dia 29 de abril de 2021, câmeras de segurança flagraram um assaltante que, no Grajaú, na Zona Norte, tentou roubar o celular de uma mulher. Ela reagiu e o bandido fugiu de mãos abanando. Aparelhos telefônicos são os alvos principais dos ataques, que têm como vítimas preferenciais mulheres, casais ou pessoas desacompanhadas.
O Jornal Extra contabilizou, do fim de 2021 a maio deste ano, entre registros em delegacias e casos publicados pela mídia, pelo menos 28 episódios desse tipo no Rio. O número real, no entanto, pode ser bem maior. Baseado em relatos recebidos pelas redes sociais, o Sindicato dos Prestadores de Serviços por Meio de Aplicativos e Software do Rio de Janeiro (Sindmobi) estima que, neste começo de 2022, houve um aumento de 10% das denúncias recebidas sobre casos de assalto praticados por falsos entregadores, em relação ao mesmo período do ano passado.
A estimativa do Sindmobi está em sintonia com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), de abril de 2022, que registram um acréscimo de 11,6% dos casos de roubos de celulares no Rio de Janeiro, na comparação com os registros do mesmo mês do ano passado. Não é possível apontar, no entanto, quantos desses assaltos teriam sido cometidos por falsos entregadores.
Com informações agência OGLOBO.