quarta-feira, 4 dezembro 2024

Biden ensaia respiro em meio a operação contra Trump

Trump reclamou, mas o mesmo FBI de quem pediu lealdade no começo de seu mandato até agora não veio a público para explicar os motivos da operação 

(Foto: REUTERS/Jonathan Ernst/Direitos Reservados)

A operação de busca na casa do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump na segunda-feira (9) foi o movimento público mais ousado do Executivo americano até aqui nas investigações que apuram possíveis crimes cometidos pelo republicano. A ação ocorre em meio a uma semana de relativo respiro para o atual mandatário, Joe Biden, que convive com uma popularidade vacilante.

Trump reclamou, mas o mesmo FBI de quem pediu lealdade no começo de seu mandato até agora não veio a público para explicar os motivos da operação. Citando fontes nos setores de inteligência, a imprensa americana aponta que os agentes buscavam documentos secretos que o ex-mandatário possa ter retirado de forma indevida da Casa Branca.

Republicanos e a mídia favorável a Trump falam em perseguição política, mas chamou atenção a prova de força do Departamento de Justiça dos EUA, que já vinha intimando auxiliares e pessoas próximas do ex-mandatário para investigar seu envolvimento no ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021, abrindo espaço para uma possível investigação criminal. Se confirmado o confisco ou a destruição de documentos, Trump pode responder penalmente e até ser proibido de ocupar cargos públicos.

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