sexta-feira, 19 abril 2024

Bolsonaro apela para que caminhoneiros não façam greve na semana que vem

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apelou aos caminhoneiros para que não façam a greve, que está prevista para a próxima segunda-feira (1º).
“Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder. Todos, sem exceção. Agora, a solução não é fácil. Estamos buscando uma maneira de não ter mais este reajuste”, afirmou Bolsonaro ao sair do Ministério da Economia nesta quarta-feira (27), em referência ao aumento no preço do combustível.
Bolsonaro também usou a pandemia de Covid-19 como argumento para que não haja paralisação.
“Você vai causar um transtorno na questão da economia. Estamos vivendo uma época de pandemia. Olha o que nós passamos no ano passado, estamos passando ainda”, afirmou.
A Petrobras aumentou o preço médio do diesel nas refinarias em 4,4% nesta terça-feira (26).
A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), que até a semana passada minimizava as chances de uma greve nacional de caminhoneiros, mudou de tom em relação à paralisação.
Na terça, a confederação disse ter sido informada de que o Ministério da Economia neutralizaria o efeito do aumento do diesel nas bombas através da redução do PIS/Cofins.
A pasta não havia confirmado a informação, mas Bolsonaro disse que a medida está em estudo, embora sem uma data para resposta. “A Petrobras segue uma planilha, tem a ver com o preço do petróleo lá fora, tem a ver também com variação do dólar – ontem foi uma boa notícia, o dólar baixou R$ 0,20. Estamos estudando medidas”, afirmou.
Bolsonaro também instou os governadores a reduzirem o ICMS, imposto estadual. “Os impostos federais, eu estou pronto para zerar, a gente vai para o sacrifício, mas gostaria que o ICMS acompanhasse também esta diminuição”, afirmou.
Bolsonaro também criticou o governo de São Paulo e a prefeitura de Belo Horizonte por terem endurecido as restrições por causa da pandemia de Covid-19.
O presidente foi ao Ministério da Economia acompanhado de Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). De acordo com Solmucci, uma das demandas apresentadas ao governo foi a prorrogação da carência para pagar os empréstimos.
“Por que tem um estado, que ao fechar tudo a partir das 20h, sábado e domingo também, atinge diretamente o coração de garçons, donos de bares, donos de eventos. Bem como o mesmo problema está acontecendo na capital BH”, disse Bolsonaro com críticas ao governo de São Paulo e à prefeitura de Belo Horizonte. “Eu apelo a todo chefe de governo, estado, município que não vão para um lockdown porque também atrapalha e o Brasil não tem para onde correr mais. Nossa dívida interna está na casa dos R$ 5 trilhões. Nós temos que botar a economia para funcionar”, afirmou.
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