terça-feira, 7 maio 2024
EX-PRESIDENTE NA PF

Bolsonaro depõe na PF na tarde desta quarta-feira

Essa é a quarta vez no ano que o ex-presidente é convocado pela organização a depor sobre casos em que teve suposta participação
Por
Isabela Braz
Marcos do Val (Podemos-ES) e Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será ouvido na tarde desta quarta-feira (12), às 14h, pela Polícia Federal no inquérito que apura uma suposta trama de golpe de Estado, que pretendia realizar a anulação das eleições de 2024. O caso foi denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

O senador do estado do Espírito Santo acusou o ex-presidente e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), de organizarem uma reunião, quando Jair Bolsonaro ainda era presidente, para propor ao senador a participação em um plano para golpe de Estado.

Do Val afirmou que achava que a reunião seria feita para tratar sobre os acampamentos bolsonaristas que eleitores faziam na época em apoio ao presidente e que se surpreendeu com o convite. O parlamentar afirmou que Bolsonaro “ouviu tudo e ficou calado”, mas que não rejeitou as ideias de Silveira.

A ideia de Daniel Silveira era realizar uma gravação escondida do Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, induzindo o ministro a falar algo que pudesse anular as eleições presidências e a vitória do candidato – e atual presidente – da oposição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Foi dito também pelo senador que Bolsonaro havia colocado o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) à disposição para a entrega de escutas – depois mudou o discurso e atribuiu as falas a Daniel Silveira.

Desde que Bolsonaro deixou seu cargo após perder as eleições, essa é 4ª vez que a PF convoca o político a prestar depoimentos – depondo sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, sobre o caso das joias oferecidas pela Arábia Saudita e pela falsificação de cartões de vacinação, que resultou na prisão do seu braço direito, Mauro Cid.

O processo foi instaurado por Alexandre de Moraes, e segundo o ministro, o senador já apresentou quatro versões “antagônicas”, divergindo entre o que é dito a PF e o que foi divulgado em veículos de comunicação sobre fato. Por isso, desde fevereiro. Moraes também investiga o crime de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.

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