sábado, 4 maio 2024
ÍNDICE DE MORTALIDADE

Brasil registra queda de óbitos por Aids

Nos últimos dez anos, o Estado registrou queda de 44% nos índices de mortalidade por Aids. Confira os números de São Paulo
Por
Isabela Braz
Foto: Agência Brasil

O novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, mostra que o Brasil registrou queda de óbitos por aids em todo o país. Nos últimos dez anos, a queda registrada foi de 25,5% no coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes.

Em 2022, 10.994 óbitos foram registrados, já em 2012, esse número chegou a 12.019 – 8,5% a menos em comparação aos dez anos.

Na cidade de São Paulo, a queda registrada nos índices de mortalidade chegou a 44%, no que passou de 5,3 para 3 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o estado registrou 1.860 óbitos tendo o HIV ou a aids como causa básica, 30% menos do que os 2.661 óbitos registrados em 2012.

Apesar da redução detectada, em todo o país cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado.
No boletim epidemiológico, é possível detectar que a taxa de detecção de aids em São Paulo foi de 13,7 casos por 100 mil habitantes. A capital do estado detectou 18,9 casos.

Em relação à detecção do HIV, em 2022, o documento mostra que foram notificados 43.403 casos em todo o país, sendo 15.064 no Sudeste e 6.759 em São Paulo.

A taxa de gestantes infectadas pelo HIV na capital paulista é de três (casos por mil nascidos vivos). O diagnóstico em gestantes é fundamental para que as medidas de prevenção possam ser aplicadas de forma eficaz e consigam evitar a transmissão vertical do vírus.

Critério raça/cor

O Ministério da Saúde também faz um recorte por raça. Apesar da queda, homens e mulheres negras ainda seguem sendo a principal classe afetada pela doença, sendo necessário considerar determinantes sociais para priorizar a atuação de políticas públicas nos ambientes onde as classes são mais atingidas.

Do total de óbitos no Brasil em 2022, 61,7% foram registrados entre pessoas negras (47% em pardos e 14,7% em pretos) e 35,6% entre brancos.

Ainda segundo o boletim, na análise da variável raça/cor, observou-se que, até 2013, a cor de pele branca representava a maior parte dos casos de infecção pelo HIV. Nos anos subsequentes, houve um aumento de casos notificados entre pretos e, principalmente, em pardos, representando mais da metade das ocorrências desde 2015.

Ações de resposta do Ministério da Saúde

Estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil, mas apenas 900 mil conhecem seu diagnóstico. Isso significa que aproximadamente 100 mil pessoas ainda precisam ser diagnosticadas para que, então, iniciem tratamento.

Para ampliar essa linha de cuidado, o Ministério da Saúde garantiu, em 2023, R$ 27 milhões para a compra de quatro milhões de unidades de um teste rápido que detecta, simultaneamente, sífilis e HIV. A inclusão do teste inédito no SUS (Sistema Único de Saúde) fortalece o rastreio e dá mais agilidade ao tratamento para a população.

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