sexta-feira, 22 novembro 2024

Brasileiro desenvolve sensor que mede pressão intracraniana por Wi-Fi

Tecnologia pode revolucionar o monitoramento de pacientes neurológicos críticos 

Crédito: Divulgação / UP

Uma pesquisa inovadora desenvolvida na Universidade Positivo (UP) foi recentemente apresentada na Neurosurgery – uma das mais importantes revistas médicas do mundo para especialidades da área – e descreve um sensor intracraniano de fibra óptica com conectividade Wi-Fi que mede a pressão cerebral em tempo real e envia os resultados para um aplicativo de celular.

O sensor é fruto do trabalho do médico e neurocirurgião Erasmo Barros da Silva Junior, na linha de Biotecnologia Industrial, e é pioneiro no que diz respeito à descrição científica de um sensor intracraniano de fibra óptica com conectividade via Wi-Fi em seres vivos. Segundo o Dr. Silva, o dispositivo totalmente implantável no cérebro permitirá receber dados sobre a pressão intracraniana em aplicativos de smartphone com detalhes e em tempo real.

Atualmente, sensores sem fio para monitorização da pressão intracraniana são caros e não estão disponíveis no Brasil; portanto, o dispositivo desenvolvido pela UP tem o potencial de oferecer uma tecnologia moderna e acessível a todos os usuários. Além disso, ele também irá reduzir complicações relacionadas à infecção e hemorragias devido à retirada dos cabos dos sensores.

A monitorização invasiva da pressão intracraniana (PIC) foi iniciada há cerca de 60 anos por meio do implante temporário de um micro transdutor com cabos no cérebro para orientar a assistência ao paciente neurológico sob cuidados intensivos. No entanto, nos últimos 20 anos vem sendo estudada a monitorização por telemetria, proporcionando assim evoluções significativas na medicina.

De acordo com o médico orientador do projeto e responsável pela Linha de Pesquisa e Inovação Médica do PPGBiotec da Universidade Positivo, Marcelo de Paula Loureiro, essa tecnologia também pode ser utilizada para outras situações da medicina atual que necessitam novas tecnologias. “Será possível utilizar sensores ou adesivos para medir variados parâmetros fisiológicos usando apenas um smartphone”, explica ele. 

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