Corpo da vítima havia sido enterrado em uma área de canavial, onde ela tinha um hotel
O corpo de Lucilene Maria Ferrari, empresária que desapareceu aos 48 anos e teve a morte confirmada pela polícia nesta terça-feira (26), foi encontrado por um cachorro em uma área de canavial em Porto Ferreira, cidade onde ela era dona de um pequeno hotel.
Segundo Gisele Santos, prima da vítima, a ossada foi localizada em uma área rural perto do município vizinho de Pirassununga. Um cachorro pertencente a trabalhadores rurais encontrou o corpo em uma pequena cova coberta com cimento e cal, e a polícia foi chamada. Após a análise da arcada dentária e exames de DNA, ficou comprovado que se tratava da empresária.
“Deus é tão maravilhoso que nos permitiu achar, mesmo nas circunstâncias que são”, afirmou Gisele, que, apesar da tristeza, diz ter algum conforto na possibilidade de enterrar a parente. “Agora eu estou em luto. Tenho onde colocar ela e saber que eu posso ir lá chorar”, disse.
Ao mesmo tempo, Gisele pede justiça. Ela entende que Vanderlei Meneses — que era companheiro de Lucilene e chegou a ser preso na investigação pelo desaparecimento da empresária — é o responsável pelo crime. “Eu quero ele na cadeia, é uma questão de justiça”, disse. “Sempre ouvi falar que sem corpo não tinha crime. Agora, não falta mais nada”, completou.
Vanderlei negou ter praticado o crime e afirmou que Lucilene estaria viva. Ela desapareceu em 24 de dezembro de 2019.
O desejo de justiça também é destacado por Márcia Ferrari, irmã de Lucilene. “Vou continuar porque eu tenho Deus no meu coração. Não vou desistir dela enquanto eu não colocar os culpados atrás das grades”, disse. “Tinha muito amor pela minha irmã, por isso eu nunca desisti dela.”
A ossada de Lucilene tem apenas parte do corpo da empresária – faltam as pernas e um dos braços, o que sugere que ela pode ter sido esquartejada.