Na última semana, foram mais de 400 mil casos prováveis de dengue registrados, Ministério da Saúde alerta sobre sintomas e aguarda desenvolvimento de vacina
A localidade que lidera com mais casos é o Centro-oeste, seguido pelo o Sudeste. O mosquito Aedes aegypti é o que transmite essas doenças, ou melhor, a fêmea do mosquito, e nessa época de chuva, há mais disposições para a multiplicação do mosquito.
No início deste mês, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro de uma nova vacina contra a dengue. O imunizante Qdenga, produzido pela empresa Takeda Pharma, é indicado para a população entre 4 e 60 anos. A aplicação é por via subcutânea em esquema de duas doses, com a lacuna de três meses entre as aplicações.
O Ministério da Saúde estuda incluir o imunizante no SUS (Sistema Único de Saúde), porém, ainda não está disponível. Em 2022, o Brasil registrou mais de mil mortes por complicações da dengue no país. Esses índices preocupam o Ministério, que já vê uma situação de epidemia em alguns estados, com tendência de aumento nas próximas semanas da transmissão dessas duas doenças, que têm em comum o fato de serem causadas por vírus transmitidos por um mosquito.
Vale lembrar, o que são estas doenças e seus sintomas.
Dengue, é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).
Chikungunya, é uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya, que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (mesmos mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela, respectivamente).
Zika, o vírus da zika é transmitido principalmente pelo o mosquito Aedes. A maioria das infecções pelo vírus da zika é assintomática; as infecções sintomáticas geralmente são leves, causando febre, exantema maculopapular (é uma erupção geralmente avermelhada que aparece na pele devido à dilatação dos vasos sanguíneos ou inflamação), conjuntivite, dor nas articulações, dor retro-orbital, cefaleia e dores musculares (mialgia).
O mais recente boletim epidemiológico do governo federal aponta o seguinte aumento no total de casos até o dia 18 de março, em comparação com o mesmo período do ano passado:
• Dengue – com 404.485 casos prováveis, aumento foi de 53%. 117 óbitos também já foram registrados;
• Chikungunya – com 53.996 casos prováveis, aumento foi de 98%. 6 óbitos também já foram registrados;
• Zika – com 1.625 casos prováveis, aumento foi de 124%. Óbitos não foram registrados este ano.
De acordo com o ministério, o Brasil está no nível 3 para dengue e chikungunya, com o crescimento de incidência de casos registrados e óbitos confirmados. Já no caso da zika, o Brasil está no nível 1, ou seja, estados registraram o crescimento da incidência de casos registrados, mas sem óbitos.
Então, vale ressaltar, que a melhor forma de prevenção da dengue, chikungunya e zika é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.