O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, lamentou ontem a possibilidade de o Brasil se desassociar do Pacto Global sobre Migração. Segundo ele, o pacto não autoriza a imigração de forma indiscriminada nem atinge a soberania dos países.
“A questão é sim uma questão global. Todas as regiões do mundo são afetadas pelos fluxos migratórios, ora como pólo emissor, ora como lugar de trânsito, ora como destino. Daí a necessidade de respostas de âmbito global”, disse o ministro na sua conta no Twitter. O chanceler participa, em Marrocos, da conferência do Pacto Global Sobre Migração, que foi aprovado por aclamação por cerca de 150 países, incluindo o Brasil.
A afirmação de Aloysio Nunes ocorre um dia depois de o futuro chanceler, Ernesto Araújo, defender a saída. “O governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marrakech [Marrocos], um instrumento inadequado para lidar com o problema. A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país”, afirmou.