No Brasil, meio quilo da wagyu custa em torno de R$ 385
Cientistas da Universidade de Osaka, no Japão, conseguiram imprimir em 3D o primeiro bife cultivado em laboratório que, segundo eles, se assemelha a um corte de carne bovina da raça conhecida como wagyu – uma das mais caras do mundo. A criação foi detalhada em um artigo publicado na revista Nature Communications.
No Brasil, bife de chorizo de wagyu de cerca de meio quilo custa em torno de R$ 385. Segundo a publicação, os cientistas coletaram dois tipos de células-tronco de vacas wagyu, as incubaram e depois as converteram em células musculares, gordurosas e em vasos sanguíneos.
“Usando a estrutura da carne wagyu como um modelo, desenvolvemos um método de impressão 3D que pode produzir estruturas complexas feitas sob medida, como fibras musculares, gordura e vasos sanguíneos”, disse o autor principal da criação, Dong-Hee Kang, em um comunicado.
Os cientistas explicaram ainda que o processo pode até ser usado para criar pedaços personalizados de bife wagyu, o que seria um sonho para qualquer amante de carne que deseja experimentar a iguaria produzida em laboratório.
A carne de wagyu, raça bovina milenar, de origem japonesa, é uma das mais apreciadas e caras do mundo. Sua principal característica é o alto teor de ‘gordura intramuscular’ e o marmoreio, justamente o que lhe dá o sabor, mas também eleva o seu preço.
“Este trabalho pode ajudar na busca por um futuro mais sustentável, com carne cultivada, amplamente disponível”, acrescentou Dong-Hee Kang. Os cientistas, no entanto, não informaram qual o custo de produção do bife em laboratório ou quanto tempo levaria para o produto chegar ao mercado.