sexta-feira, 22 novembro 2024

Gestantes que tomaram 1ª dose de Astrazeneca podem tomar 2ª dose de Pfizer em São Paulo

A decisão segue orientação do Ministério da Saúde, que suspendeu em 11 de maio a vacinação com o imunizante da Oxford/AstraZeneca das gestantes e puérperas 

Outros estados, como Rio de Janeiro, já haviam autorizado que o esquema vacinal dessas mulheres pudesse ser completado com a Pfizer ( Foto: Governo de SP)

Mulheres grávidas e puérperas de São Paulo que tomaram a primeira dose da vacina da Astrazeneca devem completar o esquema vacinal com a segunda dose da Pfizer.

Nesta quarta (21), o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) anunciou que todos os municípios paulistas estão liberados a aplicar a vacina da Pfizer nesses casos a partir de sexta (23).

A decisão segue orientação do Ministério da Saúde, que suspendeu em 11 de maio a vacinação com o imunizante da Oxford/AstraZeneca das gestantes e puérperas.

Na época, apenas o grupo com comorbidades estava incluído no calendário de vacinação. A suspensão ocorreu após o registro de um caso de óbito de gestante que recebeu a vacina Oxford/AstraZeneca.

Com a suspensão, a vacinação de gestantes que ainda não tinham recebido as doses passou a ocorrer no país com o uso de imunizantes da Pfizer e do Butantan.

Segundo Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), 9.000 mulheres desse grupo receberam a 1ª dose da AstraZeneca. Nesses casos, elas devem ir aos postos de saúde com o cartão de vacinação na data em que está prevista a aplicação da segunda dose para receber o imunizante da Pfizer.

Outros estados, como Rio de Janeiro, já haviam autorizado que o esquema vacinal dessas mulheres pudesse ser completado com a Pfizer.

Rossana Pulcineli, presidente da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), afirmou que estudos já indicaram ser eficaz e não haver nenhum efeito adverso importante na combinação dos dois imunizantes.

“Precisamos proteger essas quases 9 mil gestantes de São Paulo que só tomaram a primeira dose, especialmente diante da presença da variante delta. É importante que todas essas mulheres possam estar plenamente imunizadas.”

Pulcineli destacou que a vacinação pode ser feita em qualquer idade gestacional. 

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