Quase metade (49%) dos pais e responsáveis por estudantes de escolas públicas municipais e estaduais do país não confia na capacidade da instituição de se adequar às normas de segurança sanitária para evitar o contágio da Covid-19 no retorno às aulas presenciais. Apenas 19% disseram que “confiam muito” na capacidade da escola neste quesito e 31% “confiam um pouco”.
Em setembro, o índice dos que não confiavam na segurança sanitária da escola era de 22%.
Em relação ao comportamento dos estudantes, 43% dos pais não confiam que os alunos cumprirão os protocolos de segurança – índice era de 24% em setembro.
Os dados são da quinta edição da pesquisa Datafolha “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, encomendada pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, realizada com 1.015 pais ou responsáveis por alunos das redes públicas do país, com idade entre 6 e 18 anos, no período de 16 de novembro a 2 de dezembro de 2020.
Sete em cada dez entrevistados (69%) acreditam que, se as escolas continuarem fechadas, as crianças dos anos iniciais do ensino fundamental terão um atraso em seu processo de alfabetização e prejuízo no aprendizado. Sobre as crianças da pré-escola, 65% acreditam que elas terão o seu desenvolvimento comprometido.