sexta-feira, 19 abril 2024

Donald Trump vai barrar asilo para imigrantes ilegais

O presidente americano, Donald Trump, vai barrar pedidos de asilo feitos por imigrantes que cruzarem ilegalmente a fronteira com o México, conforme anúncio feito anteontem.

Para isso, a administração do republicano invocou poderes de segurança nacional que têm como objetivo proteger os Estados Unidos de ameaças externas.

A mudança veda a opção de asilo àqueles que não entrarem nos EUA por um posto oficial, onde os imigrantes e outros viajantes sejam legalmente autorizados a cruzar do México aos EUA após passarem por uma verificação dos agentes de fronteira.

Recentemente, em alguns portais de entrada, a chegada de um fluxo grande de migrantes deu origem a longas filas e atrasos de vários dias.

Em comunicado, a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, e o secretário interino de Justiça, Matthew Whitaker, afirmam que o presidente tem autoridade para suspender ou restringir a entrada de estrangeiros nos EUA, caso considere que se trata de interesse do país.

“A regra de hoje [quinta] aplica esse princípio importante a estrangeiros que violarem a suspensão ou restrição no que diz respeito à fronteira sul imposta pelo presidente ao invocar uma autoridade declarada fornecida pelo Congresso para restringir a elegibilidade ao asilo”, afirma o comunicado.

Eles dizem ainda que o sistema de asilo está sobrecarregado com muitos pedidos sem mérito e que acabam se transformando em um “peso tremendo” aos EUA e impedem o país de conceder a permissão a quem “verdadeiramente merece.”

Autoridades não quiseram especificar quem será afetados pelas novas regras, mas a expectativa é que elas sejam aplicadas majoritariamente a migrantes de países da América Central. A regra passa a valer assim que for publicada no Diário Oficial do governo americano.

Alguns deles, no momento, fazem parte de uma caravana que se dirige aos EUA e que pretende cruzar o país justamente pela fronteira com o México.

No ano fiscal encerrado em setembro, um total de 396.579 pessoas foram apreendidas após cruzar a fronteira sul ilegalmente, segundo dados oficiais.

Depois que o presidente identificar quem está impedido de pedir asilo conforme as novas regras, esses migrantes terão a opção de se inscrever em dois outros programas -mas com menor probabilidade menor de conseguirem autorização para permanecer nos EUA.

Omar Jadwat, diretor do projeto de direitos de imigrantes da American Civil Liberties Union (ACLU), discorda que o governo americano tenha poderes para bloquear os pedidos de asilo da fronteira sul.

A lei de imigração, porém, diz que o presidente pode, por proclamação e pelo período que julgar necessário, suspender a entrada de todos os estrangeiros ou qualquer classe de estrangeiros, como imigrantes ou não imigrantes.

CASA BRANCA É CRITICADA POR VÍDEO 
Acusado de ter sido manipulado, o vídeo compartilhado pela secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, que mostra o repórter da CNN Jim Acosta afastando de forma agressiva uma assessora que tentava tirar o microfone de sua mão durante uma entrevista coletiva gerou uma onda de críticas à administração Trump.

O presidente e o repórter entraram em um embate na última quarta, durante a primeira entrevista coletiva de Trump após as eleições legislativas. Acosta despertou a fúria do mandatário ao insistir em perguntas sobre a caravana de imigrantes da América Central que se dirige aos Estados Unidos e se recusar a largar o microfone quando o republicano tentou cortá-lo.

O correspondente teve a sua credencial que dá acesso à Casa Branca suspensa. A associação dos jornalistas classificou a suspensão de “inaceitável” e pediu a reversão.

A gravação compartilhada por Sanders foi publicada por um portal que que promove teorias da conspiração. O editor do vídeo negou ter adulterado as imagens.

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