quinta-feira, 25 abril 2024

Doria é alvo de protesto contra aumento do ICMS em São Paulo

Uma caravana de tratores, caminhões, caminhonetes, jipes e outros veículos percorreu as ruas de São Paulo nesta quarta-feira (17) em direção à Assembleia Legislativa de São Paulo em protesto contra o aumento do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

O “tratoraço” partiu da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). Os manifestantes – em sua maioria ligados ao agronegócio – cantaram o hino nacional e fizeram críticas ao governador João Doria (PSDB) pelo ajuste fiscal que resultou em alíquotas maiores do ICMS a dezenas de produtos.

Representantes de revendedores de carros – que apontam aumento de 207% no imposto na revenda de usados – também participaram.

Bandeiras do Brasil e do estado adornavam caminhões de som e tratores, que levavam também faixas com críticas em frases como “Não ao ICMS na agricultura. Não ao alimento mais caro” e “Fora Doria”.

Produtores rurais do interior e da Grande São Paulo chegaram por volta de 7h à Ceagesp. Os manifestantes também estenderam faixas de sindicatos e de entidades de municípios paulistas como Novo Horizonte, Santa Fé do Sul, Jundiaí, Piracicaba e Limeira.

Em frente à sede do Legislativo estadual, manifestantes colocaram bonecos infláveis representando o governador João Doria. Num deles, foi comparado ao ditador Adolf Hitler. Em outro, era possível ler: “Aumento de 207% no ICMS! Imposdória. João Gestor desempregador”.

Nesta quarta, seria protocolado na Assembleia um projeto de lei propondo revogar o artigo da Lei 17.293 que permitiu a revisão dos benefícios fiscais.

Em nota, o Governo de São Paulo disse respeitar a livre manifestação, mas lamentou o que chamou de “ações injustificáveis de grupos que agem com caráter político-partidário.”

O governo também afirmou também que o argumento de que a redução dos benefícios fiscais provocou aumento de preços é mentiroso. “Os valores de produtos e serviços oferecidos por esses grupos subiram acima da inflação – alguns acima de 50% – entre 2019 e 2020, portanto sem qualquer relação com o ICMS”, afirmou.

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