terça-feira, 26 novembro 2024

Economia do País cresceu 1,1% em 2019, diz IBGE

O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 1,1% em 2019, primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro, apontam os dados oficiais divulgados ontem pelo IBGE (Istituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Foi o terceiro ano seguido de fraco crescimento da economia brasileira – o pior dos últimos três anos.

Tanto em 2017 quanto em 2018, sob o governo Michel Temer (MDB), a economia cresceu 1,3%.
Em 2015 (governo Dilma Roussef/PT) e 2016 (Dilma Roussef até agosto daquele ano), houve quedas de 3,8% e 3,6% no PIB, respectivamente.

O número de 2019 veio em linha com as projeções do mercado, apesar da desaceleração nos setores de comércio e serviços no último trimestre do ano, além da queda da indústria.

Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 7,257 trilhões em 2019.

O PIB é uma medida da produção de bens e serviços em um país em um determinado período e o seu aumento é utilizado como sinônimo de crescimento da economia.

Para 2020, a estimativa é uma alta de 2,17%, segundo pesquisa do Banco Central divulgada na segunda-feira (2).

O resultado ainda estará aquém da média de 3% registrada de 1996 a 2014.

DESEMPENHO RUIM

Considerando o resultado de 2019 e a projeção para 2020, esse deve ser o resultado mais fraco para o desempenho da economia brasileira nos dois primeiros anos de um mandato presidencial desde o início de Plano Real, com exceção do verificado em 2015 e 2016, quando a economia teve retração por dois anos seguidos.

Em dezembro de 2018, às vésperas da posse de Bolsonaro, as projeções apontavam para um crescimento da economia de cerca de 2,5% em 2019.

Fatores externos, como a guerra comercial entre China e EUA, e a crise argentina, além de internos, devido à instabilidade política, contribuíram para o resultado mais fraco.

Também houve frustração em relação aos efeitos esperados com a aprovação da reforma da Previdência e a liberação de recursos do FGTS.

A redução da taxa básica de juros Selic para o seu mínimo histórico é uma das apostas para fomentar a atividade em 2020, mas os efeitos econômicos da epidemia de coronavírus e o efeito da instabilidade política no Brasil sobre a agenda de reformas aparecem como riscos para o crescimento neste ano.

Consumo das famílias fecha com aumento de 1,8%

Base da recuperação econômica após a recessão iniciada em 2014, o consumo das famílias brasileiras cresceu 0,5% no 4º trimestre de 2019, em relação aos três meses anteriores. No ano inteiro, a alta foi de 1,8%.

Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE.

O consumo das famílias é o principal componente do PIB (Produto Interno Bruto) sob a óptica da demanda, respondendo por 64,8% do cálculo do indicador.

Segundo o IBGE, o crescimento do consumo reflete a melhoria do crédito, o crescimento da massa salarial, a queda dos juros e a liberação de recursos do FGTS, que melhoraram o poder de compra do brasileiro.

O investimento na economia brasileira (a chamada Formação Bruta de Capital Fixo) fechou o segundo ano seguido em alta, de 2,2%, mas apresentou retração no quarto trimestre, quando caiu 3,3%. O componente é formado, principalmente, por construção civil e máquinas e equipamentos. De acordo com o IBGE, os investimentos na construção civil tiveram alta de 1,9% em 2019, na comparação com o ano anterior.

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