quarta-feira, 8 maio 2024

Em alta, Bolsonaro tem 39% dos votos válidos

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem sobre os concorrentes na disputa pelo Palácio do Planalto, aponta pesquisa do Datafolha.

 

Ele tem agora 39% dos votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, estando a 11 pontos percentuais do patamar para a vitória no primeiro turno, faltando três dias para o primeiro turno da eleição.

 

O petista Fernando Haddad manteve-se estável na segunda posição isolada, com 25% dos votos válidos. Ele está empatado com Bolsonaro na simulação de segundo turno.

 

No pelotão inferior, se mantiveram estáveis Ciro Gomes (PDT), com 13% dos válidos, e Geraldo Alckmin (PSDB), que registrou 9%.

 

O Datafolha ouviu 10.930 eleitores em 389 cidades do país na quarta e nesta quinta (4). A margem de erro do levantamento, contratado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

 

Quando analisada a evolução em votos totais, Bolsonaro foi o único que oscilou acima da margem de erro, confirmando o espraiamento de seu voto em diversos segmentos -se a onda será suficiente para os 50% mais um voto necessários para a vitória no domingo, é incerto.

 

Ele subiu de 32% para 35% desde o levantamento divulgado na terça (2). A curva já vinha ascendente: na semana passada, ele tinha 28% dos votos totais entre 26 e 28 de novembro.

 

A pesquisa anterior havia registrado um aumento de sete pontos na sua intenção de voto entre mulheres, ocorrido após as manifestações de cunho feminista do EleNão do fim de semana.

 

Agora, oscilou um ponto para cima, atingindo 28% dos votos totais no segmento feminino. Entre homens, cresceu quatro pontos de terça para cá, atingindo 42%.

 

Seu melhor desempenho foi entre os mais ricos, onde subiu nove pontos e chegou a 53% dos votos totais. Aqui, Alckmin teve uma sangria de quatro pontos, sugerindo uma adesão dos tucanos a um voto antipetista. Nos outros estratos de renda, houve estabilidade.

 

Regionalmente, Bolsonaro subiu três pontos no populoso Sudeste, chegando a 39% totais, contra 16% de Haddad. Cresceu mais ainda no Norte (cinco pontos) e Centro-Oeste (quatro pontos).

 

Ciro e Alckmin mantiveram suas posições da terça. O pedetista segue com 11% dos votos totais e o tucano, mesmo dispondo da maior artilharia de tempo no horário gratuito, segue estagnado: oscilou negativamente de 9% para 8%.
Marina Silva (Rede) encabeça o bloco final com 4%, empatada tecnicamente com João Amoêdo (Novo, 3%), Alvaro Dias (Podemos, 2%), Henrique Meirelles (MDB, 2%) e Cabo Daciolo (Patriota, 1%).

 

Nas simulações de segundo turno, o fator rejeição é central. Aqui, tanto Bolsonaro quanto Haddad, os candidatos mais competitivos para chegar lá, mantiveram altos índices estáveis nesta semana.

 

O deputado segue rejeitado por 45% e o ex-prefeito paulistano oscilou de 41% para 40% o índice daqueles que não votam nele de jeito nenhum. Exemplificando a polarização da disputa, seus eleitores são os mais convictos hoje: 86% dos bolsonaristas e 83% dos pró-Haddad dizem estar certos do voto.

 

Num hipotético segundo turno com Haddad, Bolsonaro empata tecnicamente com o petista. Manteve os 44% que tinha na terça, enquanto o adversário oscilou positivamente um ponto, para 43%. Segue perdendo para Ciro (42% a 48%) e empata na margem com Alckmin (42% a 43%).

 

Bolsonaro tem sua maior rejeição entre mulheres (50%), mais jovens (50%) e mais pobres (52%). Haddad, entre mais ricos (acima de 10 salários mínimos mensais, 66%, e entre 5 e 10 salários, 58%) e escolarizados (57%).

 

A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR- 02581/2018. O nível de confiança é de 95%.

 
Rejeição para de crescer

A rejeição tanto a Jair Bolsonaro (PSL) quanto a Fernando Haddad (PT), os líderes das pesquisas de intenção de voto, ficou estável no levantamento divulgado pelo Datafolha nesta quinta-feira (4). O capitão reformado manteve o percentual de 45% e o petista oscilou de 41% para 40% em relação à pesquisa de terça (2).

 

O percentual de eleitores que diz não votar de jeito nenhum em Haddad havia registrado um salto entre a semana passada e terça – pulou de 32% na pesquisa do dia 28 de setembro para os 41% do início desta semana.

 

A estancada na rejeição pode ser considerada uma notícia positiva para o ex-prefeito, no momento em que a campanha dele tenta fazer frente ao crescimento do adversário do PSL. O deputado federal era rejeitado por 46% dos entrevistados no fim de setembro e depois marcou 45%, percentual que manteve nas duas pesquisas mais recentes.

 

Na sequência dos dois líderes aparecem Marina Silva (Rede), com 28% de rejeição, Geraldo Alckmin (PSDB), com 24%, e Ciro Gomes (PDT), com 21%.

 

Bolsonaro é mais rejeitado entre as mulheres (50%) do que entre os homens (39%). No caso de Haddad, há inversão: a rejeição é menor no eleitorado feminino (35%) e maior no masculino (46%).

 

Na divisão regional, o presidenciável do PSL é mais repelido no Nordeste (onde 59% dos entrevistados não votariam nele de jeito nenhum). Haddad tem na região seu melhor desempenho (25% rejeitam o petista, sua menor taxa).

 

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