domingo, 28 abril 2024

Especialista fala sobre as expectativas para a segunda fase da Fuvest

Professor Paulo Victor Scherrer aponta o que os candidatos podem encontrar na prova 

Foto: Divulgação

Ingressar na Universidade de São Paulo (USP) é o sonho de muitos vestibulandos. A instituição é a 115ª melhor universidade do mundo, de acordo com o QS World University Ranking divulgado pela consultoria britânica especializada em ensino superior Quacquarelli Symonds (QS).

A Fuvest, prova do processo seletivo para ingressar na universidade, é dividida em duas fases, a primeira é a de múltipla escolha, já a segunda é dividida em dois dias de aplicação, em que são feitas duas provas, sendo de natureza discursiva e de conhecimentos específicos.

Paulo Victor Scherrer, diretor de Growth na Gama Ensino e professor de Biologia na Gama Pré-Vestibular, curso preparatório, com aulas online ao vivo, aponta que a segunda fase é onde geralmente os alunos encontram maiores dificuldades. “A Fuvest é um dos vestibulares mais complexos e concorridos do país, considerando a profundidade das questões e seu prestígio no mercado”, finaliza.

O primeiro dia será composto de 10 questões de português; envolvendo interpretação textual, gramática e literatura, e uma redação. Os estudantes devem se atentar a questões ligadas às obras literárias obrigatórias, definidas pela própria banca para o Vestibular 2023. Na segunda fase, as questões costumam trazer uma discussão muito mais aprofundada sobre os temas abordados nos livros, exigindo maior domínio do aluno.

Já no segundo dia, a prova poderá ser composta por 2, 3 ou 4 disciplinas, dependendo da carreira escolhida pelo aluno no momento da inscrição, somando sempre 12 questões de igual valor no total. É importante que os alunos tenham clareza e domínio das disciplinas que farão parte da prova, já que as questões seguem um padrão tradicional e costumam ser bem diretas, sem exigir a leitura de textos muito longos.

“O aluno precisa se atentar ao tema e ao comando contido no enunciado. “Cite” é um comando diferente de “explique” ou “justifique”, por exemplo. Respeitar o comando da questão vai fazer com que a construção da resposta seja, ao mesmo tempo, completa e concisa”, aconselha Paulo.

O professor explica que é importante que os candidatos estejam seguros e confiantes, mesmo que não seja possível prever as questões com exatidão. “O vestibulando deve entender quais são suas áreas de maior facilidade e dificuldade para que possa se organizar durante a prova. Ter um preparo psicológico é fundamental, incluindo uma boa noite de sono e organização para fazer da melhor forma possível”, aponta.

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), por exemplo, realizado nos dias 13 e 20 de novembro, trouxe temas relacionados à atualidade. De acordo com Paulo, em Linguagens e Ciências Humanas, a prova seguiu a tendência esperada, muita leitura e uma importância expressiva da interpretação de textos na resolução das questões. Já em Ciências Humanas, manteve caráter interdisciplinar, sendo difícil, muitas vezes, identificar o conteúdo nuclear do item. “É o padrão esperado para a prova e o caráter interdisciplinar é previsto pelas habilidades da Matriz do Enem”, ressalta.

O especialista diz que as questões que aparecem nos vestibulares sempre trazem surpresas. “No segundo dia de provas do ENEM, por exemplo, tivemos uma prova de matemática muito longa, com textos grandes e complexos, além de uma prova de Ciências da Natureza com nível de dificuldade acima do exigido em anos anteriores”, finaliza. 

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