O novo ministro da Justiça, Anderson Torres, escolheu Paulo Gustavo Maiurino para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Ele foi secretário de segurança do STF (Supremo Tribunal Federal) até setembro de 2020.
O delegado assumirá o cargo no lugar de Rolando de Souza, que havia sido escolhido por Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
Na Polícia Rodoviária Federal, Eduardo Aggio dará lugar ao inspetor Silvinei Vasques.
Com a concretização da troca, o governo Bolsonaro tem o seu quarto diretor-geral da PF. Antes de Rolando, passaram pelo cargo Maurício Valeixo e Alexandre Ramagem.
O currículo de Maiurino diz que ele é assessor especial de segurança institucional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde setembro de 2020.
Antes disso, foi secretário de segurança do STF, membro do conselho de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro (jan.2019 a set.2020) e secretário de Esporte na gestão Geraldo Alckmin (PSDB-SP) (maio de 2016 a maio de 2018).
O comando da PF é considerado estratégico por Bolsonaro e esteve no centro da disputa do presidente com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
Ao pedir demissão do governo, Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF, órgão que mantém investigações no entorno de aliados e da família presidencial.
No mês passado, a PF abriu inquérito para apurar suposto tráfico de influência de Jair Renan, filho 04 do presidente, por meio da Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, empresa aberta em novembro.
O inquérito foi instaurado a partir de um pedido feito pela Procuradoria da República no Distrito Federal, no dia 8 de março, conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo.
A medida foi tomada pela Procuradoria com base em representações movidas pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) e pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE), que citaram reportagens da revista Veja e da Folha de S.Paulo.