sábado, 27 abril 2024

Famosos e jogadores de futebol são vítimas de golpe de quadrilha

Juliana Paes, que perdeu R$ 480 mil, Murilo Rosa e Luís Fabiano estão entre as vítimas de pirâmide financeira  

A atriz Juliana Paes perdeu R$ 480 mil com a pirâmide financeira – Divulgação

Artistas famosos e jogadores de futebol foram vítimas de golpe da pirâmide financeira aplicado por um grupo de quatro pessoas. Entre as vítimas está a atriz Juliana Paes, que perdeu R$ 480 mil, e o ex-jogador da seleção brasileira e São Paulo Luís Fabiano, que investiu R$ 400 mil e agora quer reaver o dinheiro. O ator Murilo Rosa também aparece entre as vítimas.

Nesta quinta-feira (19), a Justiça de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público e tornou rés quatro pessoas acusadas de atrair investidores para uma pirâmide financeira. São elas: Fernando de Souza Silva, Alisson Alcoforado de Araújo, Cleide Pereira de Alencar e Thiago Prado de Santa Bárbara.

De acordo com a promotora Celeste Leite dos Santos, os criminosos ofereciam propostas de retorno financeiro para investimentos acima da média.

Outros artistas de televisão e jogadores de futebol de um time carioca também foram vítimas do grupo. As quatro pessoas vão responder processo por estelionato e associação criminosa.

A denúncia do Ministério Público foi apresentada em maio passado e aceita agora pela Justiça. Porém, foi negado o pedido de prisão preventiva dos suspeitos do crime.

Compra de carros

As investigações feitas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público apontam que um dos réus criou uma empresa que oferecia um modelo falso de investimento. Ele consistia na aquisição de automóveis seminovos e posterior revenda a lojistas, com rentabilidade prevista de 4% a 8%.

O grupo acusado buscava então atrair investidores e se beneficiavam da divisão da rentabilidade do golpe. “Eles pagavam para as vítimas, durante certo tempo, alguns meses, o lucro sobre o rendimento, fazendo com que as pessoas acreditassem que era verdadeiro o investimento e trouxessem, assim, mais pessoas”, afirmou a promotora Celeste Leite dos Santos.

Para isso, o grupo acusado remunerava os investidores antigos com o dinheiro resultante de aplicações dos novos investidores, sem que existisse de fato a operação de investimento, ou seja, as transações de compra de veículos era falsa.

A promotora e a Justiça buscam agora levantar bens dos envolvidos no esquema para pedir a apreensão e recuperar a perda das vítimas. “Mas não estamos encontrando bens dos criminosos para bloquear”, afirmou a promotora.

O MP move ação por danos morais e materiais contra os acusados.

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