quinta-feira, 25 abril 2024

Fila de exames para coronavírus é zerada no estado de São Paulo

A fila de amostras aguardando exame para coronavírus na rede estadual paulista foi zerada nesta última terça-feira (21), segundo o governo do estado. 

A informação foi anunciada pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em entrevista coletiva com o governador João Doria (PSDB) nesta quarta-feira (22). 

O número de exames represados até a semana passada era de quase 9.000. As amostras são recebidas pela Plataforma de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus, coordenada pelo Instituto Butantan. 

Segundo o secretário de saúde do estado José Henrique Germann, no dia 21 foram liberados 4.332 exames pela rede de laboratórios; 1.144 amostras estão em fase de laudo. Outras 964 amostras estão em análise e devem ser liberadas em até 48 horas. 

A secretaria informou ainda que a capacidade de processamento atual da rede é de 5.000 testes por dia, e que foram recebidas nesta quarta-feira (22) 459 amostras. 

Em relação aos resultados, Paulo Menezes, coordenador do Controle de Doenças de São Paulo, disse que eles são inseridos na plataforma e liberados para as secretarias de saúde municipais e para as unidades hospitalares públicas e privadas responsáveis por colher as amostras. 

De acordo com o governo, zerar a fila de testes não levou a um pico na curva de casos, como era esperado, porque esses laudos estariam diluídos nos números de casos e óbitos divulgados ao longo das últimas semanas. 

O infectologista David Uip, coordenador do centro de contingência da doença no estado, explicou ainda que no início da epidemia em São Paulo a notificação de casos era elevada pois muitos casos estariam relacionados a outras síndromes respiratórias, não necessariamente à Covid-19. 

Com os resultados dos exames, foi possível descartar internações cujas causas eram outros vírus ou enfermidades, por isso não houve um crescimento acentuado no número de casos desde o início de abril, quando foi criada a plataforma. 

Menezes informou que a taxa de positividade para pacientes internados é em torno de 50%. A taxa de quantos exames que estavam represados e deram positivo, no entanto, ainda não foi divulgada. 

Em relação à projeção anunciada de alcançar o marco de 3.000 óbitos no início de maio, Germann afirmou que esses números são calculados com base em modelos estatísticos, mas que a expectativa, com base na incidência de novos casos diários e se o sistema de saúde paulista não entrar em colapso, é que não se chegue a esse número. 

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