Em balanço divulgado nesta quinta-feira (23), a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) apontou o processo de politização, com propagação organizada de fake news, como um dos três desafios a serem superados em 2022 para enfrentamento da pandemia no Brasil
“Este processo tem combinado a desvalorização de medidas preventivas fundamentais de proteção -como distanciamento físico e social, o uso de mascaras e a higienização das maos- com a propagação organizada de fake news e a criação de um clima de descredito e desconfiança em relação as vacinas”, diz a Fiocruz.
No documento -cujo título é “um balanco da pandemia em 2021 em um cenário de incertezas e falta de dados”-, a Fiocruz cita as recentes ameaças a diretores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como exemplo do que chamou de “processo de politização das medidas de enfrentamento da pandemia para a proteção da saúde e da vida da população brasileira”.
Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL) -que prometeu divulgar o nome dos diretores da Anvisa favoráveis à vacinação infantil-, a Fiocruz chamou de lamentáveis os ataques à diretoria da agência.
“Em seu mais recente, triste e lamentável episódio, tivemos os inaceitáveis ataques a Anvisa, seus diretores e funcionários quando da aprovação da vacina”, diz.