Medida visa minimizar riscos de cibersegurança e é adotada por governos ocidentais preocupados com a lei chinesa de 2017 que exige entrega de dados pessoais
A medida adotada pela França segue uma tendência que vem sendo adotada por governos ocidentais nos últimos tempos. Isso se deve à lei chinesa de 2017, que exige que empresas locais entreguem dados pessoais relevantes para segurança nacional, quando solicitado pelas autoridades. Ao proibir aplicativos como o TikTok em telefones de trabalho, os governos desejam proteger a privacidade e segurança dos seus funcionários.
Os Estados Unidos, a Comissão Europeia, os governos canadense e britânico, entre outros, já proibiram recentemente o uso do TikTok em telefones corporativos. No entanto, o porta-voz da diplomacia chinesa afirmou que o país nunca pediu nem nunca pedirá a empresas ou indivíduos que recolham ou entreguem dados de estrangeiros que violem as leis locais.
A proibição francesa não prevê nenhum sistema unificado de sanções em caso de violação, ficando a cargo do gestor de cada ministério ou órgão a determinação de eventuais medidas punitivas. Isso significa que cada órgão terá autonomia para estabelecer suas próprias regras em relação ao uso desses aplicativos.
Vale ressaltar que, embora a proibição seja aplicada apenas aos telefones corporativos dos funcionários públicos, caso algum servidor desejar usar aplicativos proibidos para comunicação institucional, deverá solicitar permissão ao departamento de informática do seu ministério ou órgão público.
A medida adotada pelo governo francês tem um papel crucial na garantia da segurança e proteção de dados sensíveis do Estado e dos seus servidores públicos. A restrição de aplicativos recreativos em telefones de trabalho é uma iniciativa essencial para reduzir riscos de cibersegurança e proteger informações sensíveis das instituições governamentais. Assim, mais do que proibir o uso de aplicativos, o objetivo é garantir a segurança e integridade das informações dos funcionários e do Estado.