Em assembleia na tarde desta quinta-feira (3), funcionários da Embraer decidiram entrar em greve após a empresa anunciar a demissão de 900 trabalhadores. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), a medida impede a conclusão do processo de desligamento dos empregados.
“Os trabalhadores da Embraer aprovaram em assembleia a deflagração de greve. Com isso, a Embraer fica proibida de concluir os cortes dos 2.500 trabalhadores [900 demissões somadas a 1.600 desligamentos de funcionários que aderiram a planos de demissão voluntária da empresa]. A legislação brasileira proíbe a demissão de grevistas”, diz, em nota, o sindicato.
As demissões representam 4,5% dos 16 mil empregados da empresa e se somam a outros 10% de trabalhadores em demissão voluntária.
Os motivos, segundo a empresa, são dois: o impacto da pandemia da Covid-19 no setor aéreo e o fim do acordo segundo o qual a americana Boeing compraria a divisão de aviação comercial da Embraer.
Combinados, os fatores causaram R$ 2,95 mi de prejuízo à empresa no primeiro semestre.