sábado, 27 julho 2024

Greve de ônibus em São Paulo termina

Segundo o sindicato, muitos profissionais moram longe das garagens e, exatamente pela falta de ônibus nas ruas, encontraram dificuldades para chegar ao trabalho
Terminou a greve dos ônibus em São Paulo (Foto: Reprodução)

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª região decidiu na tarde desta quarta-feira (29) julgar abusiva a greve dos motoristas e cobradores de São Paulo devido ao não atendimento dos serviços essenciais. Com isso, foi determinando o retorno imediato da circulação dos ônibus na cidade.

No início da noite, o Sindmotoristas, que representa a categoria, determinou o fim da paralisação. Mas somente no início desta quinta (30) os ônibus devem voltar a circular normalmente pela capital.

Segundo o sindicato, muitos profissionais moram longe das garagens e, exatamente pela falta de ônibus nas ruas, encontraram dificuldades para chegar ao trabalho.

Além de obrigar o retorno imediato, o TRT determinou o pagamento de multa de R$ 100 mil referentes às paralisações dos dias 14 e desta quarta, ambas consideradas abusivas. Caso motoristas e cobradores não voltassem ao trabalho, a multa seria de mais R$ 100 mil por dia.

Os desembargadores autorizaram também o desconto dos dias de trabalho em que ocorreram as paralisações. O valor das multas será revertido às instituições O Arcanjo, do padre Júlio Lancellotti, e Associação Beneficente Benedito Pacheco (ambas prestam assistência a pessoas em situação de rua).

No último dia 14, motoristas e cobradores de 713 linhas que circulam pelos grandes corredores e região central ficaram parados por cerca de 16 horas. A greve de duas semanas atrás só foi suspensa depois que a categoria conseguiu 12,47% de reajuste nos salários, retroativo a maio, o que foi mantido durante a audiência desta quarta. Entretanto, na ocasião, não houve resposta para outras reivindicações -hora de almoço remunerada e pagamento de PLR (Plano de Lucros e Resultados). Por isso, a decisão de parar de novo nesta quarta.

LIMINAR

A SPTrans obteve em 31 de maio uma decisão liminar na Justiça do Trabalho que determina a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A estatal disse que vai cobrar o valor.

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