Como se fosse um Corinthians e Palmeiras, tida como a maior rivalidade do futebol brasileiro, Toyota Corolla e Honda Civic são adversários tradicionais.
Quando um ganha uma nova geração, o outro corre para mudar e isso aconteceu há poucos meses.
O Civic se antecipou ao novo Corolla e mudou alguns detalhes no visual, mas já chega enfraquecido para bater o atual líder de vendas entre os sedãs médios.
As versões intermediárias escolhidas pela reportagem são as mais vendidas.
No caso do Civic, a EXL de R$ 112.600 vem com motor 2.0 de 155 cv, câmbio CVT (sem trocas), seis airbags, controles de tração e estabilidade, central multimídia com espelhamento de celulares e rodas 17″.
Mas o rival entra em campo reforçado. Além do visual com mais ares de novidade, embora tradicional (o Civic ainda vira pescoçoso na rua), o Toyota ganhou um novo conjunto mecânico. O motor 2.0 agora rende 177 cv e transmissão também CVT é mais moderna.
Com um sistema de engrenagens para a primeira marcha, o sedã arranca mais rápido. Além disso um detalhe na segurança agrada: tem um airbag a mais, para os joelhos do motorista.
Além de ter uma mecânica mais potente, o Corolla XEi é mais barato e sai da loja por R$ 110.990.
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Ao volante, os dois rivais são fieis às suas características. Com motor mais forte, o Corolla até ganhou uma pegada mais esportiva, mas sua suspensão mais macia ainda diz que o público mais conservador tende a preferir o conforto ao desempenho e à condução arrojada.
O Civic é quem tenta atrair os mais jovens para o mundo dos sedãs. A direção mais direta e a suspensão firme convidam para uma tocada esportiva sem deixar de lado as prioridades de sua categoria. Oferece bom espaço interno (os dois têm praticamente as mesmas medidas) com um porta-malas maior. São 519 litros do Honda contra os 470 do Toyota.
Outra diferença está no acabamento. O Corolla é mais caprichado, mas o visual interno ficou mais simples nessa geração. O Civic é mais vistoso, com telas, texturas e botões, mas os materiais estão um pouco abaixo do rival. Ponto para um detalhe importante na faixa de preço: o Honda tem freio de mão elétrico, enquanto uma alavanca ainda ocupa espaço no Corolla.
Por Fernando Pedroso