sexta-feira, 26 julho 2024

Idosa morta por ‘amiga’ achava que conversava com rei Charles pelo YouTube

Jemma Mitchell, de 38 anos, é acusada de matar Mee Kuen Chong, de 67 anos, natural da Malásia, em meio a um suposto desentendimento sobre dinheiro no ano passado

Uma idosa que foi morta e decapitada em um suposto desentendimento envolvendo dinheiro com uma “amiga” no Reino Unido acreditava que mantinha conversas por meio do YouTube com o rei Charles III (enquanto ele ainda era príncipe de Gales), noticiou a imprensa britânica nesta sexta-feira, citando informações de um tribunal. O processo segue em andamento.

Jemma Mitchell, de 38 anos, é acusada de matar Mee Kuen Chong, de 67 anos, natural da Malásia, em meio a um suposto desentendimento sobre dinheiro no ano passado. A vítima, que adotava o nome Deborah entre seus conhecidos no Reino Unido, tinha um histórico de doença mental. Ela viveu em Wembley, um distrito na Grande Londres, por mais de 30 anos. As duas se conheceram através da igreja em agosto de 2020.

Imagens registradas por câmeras de segurança mostram Jemma carregando uma mala azul e dirigindo um carro alugado para a área de floresta onde Mee Kuen foi encontrada no condado de Devon, no sudoeste da Inglaterra. Jemma reconheceu ser a pessoa que aparece no vídeo, mas negou que tenha matado Mee Kuen.

Jemma Mitchell, 38 ( 1st pic) is accused of killing and decapitating Mee Kuen Chong, 67, at her Wembley home in 2021.

She allegedly then deposited the headless corpse more than 200 miles away in Salcombe, Devon, 15 days later. pic.twitter.com/0UJjY8OOoS— London & UK Street News (@CrimeLdn) October 13, 2022).

A aposentada, dada como desaparecida em 11 de junho de 2021, teria sido atacada em sua casa. O corpo dela, sem a cabeça, foi encontrado por uma família de férias 16 dias depois numa região a 400 quilômetros de distância de Londres. Investigadores acreditam que ele tenha sido transportado dentro da mala azul vista com Jemma.

De acordo com o Daily Mail, Mee Kuen teria prometido investir 200 mil libras na casa de Jemma, mudando de ideia mais tarde. A acusada teria pressionado a idosa para efetuar a transferência. Segundo a investigação, a vítima teria recebido um golpe na cabeça com um objeto contundente, fraturando o crânio. O transporte do copo teria ocorrido cerca de duas semanas depois.

O testamento de Mee Kuen indicava Jemma como sua principal beneficiária.

De acordo com testemunhos apresentados ao tribunal, a aposentada acreditava que podia se comunicar com Charles por meio do YouTube.

A psiquiatra Alyson Callan, consultora da Equipe de Saúde Mental da Comunidade de Brent, disse que a vítima tinha sido encaminhada pelo Centro de Avaliação de Ameaças Fixas no Palácio de Buckingham para a equipe de Brent em março de 2021.

— A referência foi feita quando Mee enviou várias cartas endereçadas ao príncipe Charles e Boris Johnson — disse ela ao tribunal. — O conteúdo das cartas não continha nada alarmante, mas eram bizarros, sugerindo que ela estava tendo outro episódio de doença mental.

A aposentada recebeu medicamentos em maio de 2021, mas no início do mês seguinte, ela reclamou que eles afetavam seu sono e apetite.

Em uma visita à sua casa em 4 de junho do ano passado, Callan disse que a paciente não queria falar sobre “seu relacionamento percebido com o príncipe Charles e Boris Johnson”.

— Ela me informou que poderia se comunicar com o (então) príncipe Charles via YouTube — disse a médica.

Apenas dois dias antes de seu desaparecimento, seu inquilino, o operador de guindaste David Klein, havia solicitado um cuidador para ela, acrescentou Callan.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também