sábado, 27 julho 2024

Jovem fica um mês com vidro de 5 cm enterrado nas costas em SP e médicos não percebem

A mãe da jovem afirma que houve negligência por parte de UPA que atendeu jovem
Jovem fica com caco de vidro alojado nas costas quase um mês após se ferir e hospital não perceber objeto (Foto: Arquivo Pessoal)

A jovem Maria Luísa Rangel, de 21 anos, descobriu que ficou com um caco de vidro nas costas por quase um mês após sofrer um acidente doméstico em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O vidro tinha cerca de 5 cm, e a mãe da jovem afirma que houve negligência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde a filha foi atendida a primeira vez após o acidente.

Em entrevista ao G1, a supervisora administrativa Jamile Rangel da Silva, de 40 anos, mãe da jovem, explica que a filha machucou as costas depois de cair em cima de uma mesa de vidro, no dia 26 de fevereiro.

De acordo com ela, Maria Luísa caiu de um telhado na casa de uma amiga e foi levada para atendimento na Unidade de Pronto Atendimento Samambaia. “Ela foi para a casa da amiga, e a mãe dessa amiga mora do lado. Então a amiga esqueceu a chave na casa da avó, elas entraram pela casa da mãe da menina, que as duas sacadas são do lado uma da outra. Mas minha filha se desequilibrou e caiu”, conta. Porém, segundo a mãe, na UPA, o médico não solicitou que a jovem fizesse exame de raio-x e também não foi feita nenhuma receita médica com remédios. 

“Ela tomou 28 pontos, mas ainda sim estava sentindo muito desconforto. Fui na UPA e solicitei o prontuário, para fazer uma denúncia, mas foi negado. Disse que chamaria a polícia e só assim me passaram o nome do médico”, afirma a mãe.

Após cinco dias, a mãe relata que passou a sair uma secreção dos pontos da jovem e ela a levou no Hospital Irmã Dulce. Mas, no local, foi informado que aquilo era normal e a profissional de saúde que atendeu Maria também não identificou que ela estava com um vidro alojado nas costas. No dia 9 de março, a jovem retirou os pontos e retornou a rotina de trabalho. Mas, na última segunda-feira (14), Jamile precisou ir até São Paulo para uma reunião de trabalho e levou a jovem até um pronto atendimento, devido a dor constante que a filha ainda sentia.

No pronto atendimento de São Paulo, a médica cirurgiã encontrou um pedaço de vidro alojado nas costas da menina, solicitou a internação e que fosse realizado o procedimento para retirada do objeto, que foi realizado na madrugada de terça-feira (15), após a jovem ser transferida a outro hospital.

Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que a UPA Samambaia é gerenciada pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). A administração municipal também informa que a Secretaria de Saúde (Sesap) está abrindo um processo administrativo para apurar o caso e tomar todas as providências cabíveis.

A direção do hospital informa que está à disposição da família para eventuais dúvidas em relação a conduta médica.

As informações são do G1.

Vidro que ficou alojado nas costas de jovem tinha cerca de 5 centímetros (Foto: Arquivo Pessoal)

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também