quinta-feira, 25 abril 2024

Maia tenta reverter desembarque do PSL do bloco de Baleia

Com a segunda maior bancada federal, o PSL enfrenta uma nova queda de braço interna que pode afetar a correlação de forças na disputa do comando da Câmara dos Deputados. Com a ajuda de deputados dissidentes do partido, o líder do bloco do centrão, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira (19) que conseguiu mais quatro apoios dentro da bancada da sigla, garantindo o respaldo da maioria dos integrantes da legenda para que ela apoie a sua candidatura.

O partido, pelo qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se elegeu em 2018, havia anunciado no ano passado o apoio à candidatura do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do atual chefe da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O acordo previa que o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE), ocupasse o posto de vice-presidente ou de primeiro-secretário caso o emedebista vencesse a disputa. Com os quatro apoios, Lira teria o endosso de 36 dos 52 deputados federais eleitos pela legenda. Com o número, o líder do centrão espera conseguir formalizar a adesão do partido ao seu bloco partidário na tentativa de impor uma derrota a Baleia. Na noite desta terça, o parlamentar entregou nova lista com as assinaturas à direção da Câmara.

Para analisar a questão, Maia marcou para o dia 27 reunião para decidir se acatará ou não a lista com as novas assinaturas. Segundo deputados aliados, Maia tentará, até a data da reunião, reverter os novos apoios. O esforço deve contar também com a ajuda de Bivar, responsável pelo acordo que levou o PSL para o bloco de apoio a Baleia.

Na semana passada, Lira articulou uma lista com 32 assinaturas para que a sigla embarcasse oficialmente na sua candidatura -o apoio é importante para contar o número de deputados e garantir preferência em espaços na Mesa da Casa.

Em tese, por contemplar metade da bancada mais um, os deputados federais poderiam migrar para o grupo de Lira. Ocorre que uma parte deles está suspensa pelo partido.

Lira queria que, mesmo punidos, eles pudessem ser considerados para ingressar no bloco e alega que o presidente da Câmara aplicou uma punição monocrática e ilegal. Já os aliados de Maia entendiam que não.

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