sábado, 20 abril 2024

‘Monstro que dizia ser pai’, desabafa mãe de adolescente morta

Mulher fez o desabafo em seu perfil em uma rede social  

Após ferir dois filhos a facada, homem teria ateado fogo na casa – Corpo de Bombeiros de SC

A mãe de uma adolescente de 13 anos morta na noite de sexta-feira (13) em Criciúma (SC) fez um desabafo sobre o caso, afirmando que o pai da menina, preso acusado pelo crime, “é um monstro, um bicho”.

O homem, de 39 anos, foi preso após cinco de seus seis filhos serem resgatados na casa em que moravam apenas com o pai, em um incêndio, que, segundo as investigações iniciais, foi proposital. De acordo com a Polícia Civil catarinense, a primogênita, de 13 anos, não conseguiu sair a tempo. O corpo dela foi encontrado carbonizado e com sinais de ferimentos de faca.

“Você me deixou, filha. Por um monstro que dizia ser pai. Um bicho animal que tirou sua vida. Tô (sic) desesperada, sem palavras, coração partido. A saudade está me matando por não ver mais você sorrindo, brincando. Que deus te dê um novo lugar no céu”, postou a mãe da adolescente em seu perfil no Facebook.

O crime ocorreu no bairro Imperatriz. Segundo a Polícia Militar, o suspeito, que morava na casa com os seis filhos – três meninas e três meninos – chegou da rua por volta das 21h, pegou uma faca e tentou ferir as crianças.

O primeiro a ser atingido foi um menino de 7 anos, segundo a PM. A adolescente, que era a mais velha, tentou impedir, mas também acabou esfaqueada.

Após desferir os golpes, o homem colocou fogo no imóvel e fugiu. Cinco dos seis filhos conseguiram escapar das chamas. A primogênita, que não conseguiu sair da casa, morreu próximo à cozinha.

A Polícia Civil pediu um laudo ao IGP (Instituto Geral de Perícias) para saber se a adolescente morreu em decorrência das facadas ou do incêndio. Já o menino de 7 anos teve ferimentos leves na perna e passa bem. Ele e os irmãos estão com parentes.

O homem acabou preso em flagrante na manhã deste sábado (14) pela PM (Polícia Militar) ao retornar ao local do crime. De acordo com o delegado Fernando Possamai, que investiga o caso, o pai confessou parcialmente o crime.

“Ele buscou se omitir sobre o incêndio e as facadas. Não deu a confissão de forma direta. Objetivamente apenas disse que estava na residência e não se recorda o que aconteceu em relação aos crimes”, comentou o delegado.

Apesar disso, a investigação o considera como único suspeito por ser a pessoa que estava dentro da casa no momento dos crimes, com base em informações da PM, vizinhos e do próprio pai.

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