Ex-juiz Sergio Moro, vem sendo criticado pela atuação na iniciativa privada na empresa Alvarez & Marsal, ocorrida após deixar o governo de Jair Bolsonaro, em 2020
Moro vem sendo criticado pela atuação na iniciativa privada na empresa Alvarez & Marsal, ocorrida após deixar o governo de Jair Bolsonaro, em 2020. A firma foi nomeada judicialmente para administrar a recuperação judicial de firmas que foram alvos da Lava Jato.
O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Bruno Dantas relata procedimento sobre suposto conflito de interesses no trabalho. Críticos do ex-juiz na Câmara dos Deputados estão articulando a criação de uma CPI sobre o assunto.
“Quero acabar com essa história, com essas mentiras. Vou divulgar na sexta-feira todas essas informações: quanto que eu ganhei, quanto que eu recebi. Mostrar que eu não recebi nada de empresa investigada na Operação Lava Jato”, disse Moro, em vídeo nas redes sociais nesta quarta (26).
O ex-juiz e ex-ministro afirmou na gravação também que não está “cedendo ao TCU” e que o processo é um “abuso, cheio de ilegalidades”. “Quero ser transparente com você, com a população brasileira, como toda pessoa pública deve ser.”
Em dezembro, Bruno Dantas atendeu a pedido feito pelo Ministério Público de Contas e determinou que a Alvarez & Marsal revelasse quanto pagou ao ex-juiz.
O ministro já afirmou que atos de Moro como juiz contribuíram para a crise financeira da Odebrecht e quer saber se a consultoria foi beneficiada por eles.
Na manhã desta quarta (26), Moro havia dito em suas redes: “Com medo das verdades incômodas que iriam surgir, Lula manda o partido desistir da CPI contra mim. Lula arregou”.
O ex-juiz, na disputa eleitoral deste ano, provavelmente enfrentará Lula, a quem condenou em processo da Lava Jato, em 2017.