sábado, 27 abril 2024

Museu Nacional e UFRJ são indissociáveis, diz reitoria

A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou uma nota em que afirma que o Museu Nacional é indissociável da universidade e separá-los seria um “ato arbitrário e autoritário contra a autonomia universitária”.
O texto foi divulgado como resposta a “informações que especulam a desvinculação entre o Museu Nacional e a UFRJ”, sem mencionar nenhuma proposta específica.
O prédio principal do museu foi destruído por um incêndio entre a noite de domingo (2) e a madrugada de segunda-feira (3), e a maior parte de seu acervo de 20 milhões de itens foi destruído.
A nota explica que o museu é unidade de ensino, extensão e pesquisa da UFRJ e afirma que sua indissociabilidade está prevista no artigo 207 da Constituição.
“Qualquer medida a fim de retirar da UFRJ o Museu Nacional representaria ato arbitrário e autoritário contra a autonomia universitária e a comunidade científica do país. O Museu Nacional não é uma instituição dedicada exclusivamente à guarda de acervo. Além da guarda dessa memória, da cultura do país e do mundo, ali se produz conhecimento, ciência de ponta reconhecida pela Capes com a nota 7, maior índice de avaliação possível para uma instituição acadêmica no Brasil”.
O texto divulgado diz ainda que “o corpo altamente qualificado de docentes, pesquisadores, estudantes e servidores técnico-administrativos em educação jamais poderia se submeter a uma Organização Social ou a qualquer outra instituição que não seja a UFRJ”.
DISSOCIAÇÃO
Em seu plano de desvincular da instituição a gestão do Museu Nacional – e refutado pela UFRJ – , o Palácio do Planalto argumenta que a direção da instituição de ensino não tem gerido de maneira adequada os recursos repassados e de que essa possível alteração poderá facilitar parcerias com a iniciativa privada para agilizar a recuperação do museu.
A ideia em estudo é que a gestão da instituição cultural passe para as mãos do Ministério da Educação, que teria, na opinião do governo federal, melhores condições para conduzir a recuperação do prédio histórico após a destruição.
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