quinta-feira, 27 março 2025

PF investiga contrabando de marfim em São Paulo

Equipes da PF (Polícia Federal) saíram às ruas ontem, em São Paulo, para cumprir 11 mandados de busca e apreensão, expedidos no âmbito da “Operação Marfim”, que investiga indícios de comércio ilegal de marfim de presas de elefantes.

Na ação, com apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo, foram identificados 11 endereços residenciais e comerciais na capital paulista, ligados aos suspeitos de cometer os crimes, por meio de importação, compra ou venda de obras de arte produzidas a partir das presas de elefantes. A PF constatou que objetos de marfim têm sido comercializados na Feira de Antiguidades da Avenida Paulista e no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo).

Os investigados poderão responder por contrabando e receptação dolosa qualificada. As penas previstas para os crimes são, respectivamente, de dois a cinco anos e reclusão de três a oito anos e multa.

O Brasil é signatário da Convenção de Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagem em Perigo de Extinção, de 1973. O acordo preconiza que cada governo vinculado a ele se comprometa a implementar medidas de coibição do tráfico de animais, a fim de evitar ameaças a sobrevivência de espécies.

Atualmente, a caça ilegal de elefantes para obtenção de marfim ainda permanece sendo uma preocupação.

Mesmo com a proibição de comércio internacional de marfim, desde 1990, o crime ainda ocorre. De acordo com relatório da International Union for Conservation of Nature and Natural Resources, a população de elefantes africanos caiu de cerca de 12 milhões para 400 mil, em um século.

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