sexta-feira, 22 novembro 2024
NOVA REGRA DE GASTOS

Por 372 votos a 108, Câmara dos Deputados aprova texto-base do Arcabouço Fiscal

Votação dos destaques do texto serão votados na tarde dessa quarta-feira (24)
Por
Isabela Braz
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem (23), o texto-base do novo regime fiscal que busca substituir o Teto de Gastos nas despesas da União. No total. 372 deputados votaram a favor do texto, contra 108 contra. Apenas o deputado Newton Cardoso Jr (MDB/MG) se absteve na votação.
A partir da tarde de hoje (24), às 13h55, os deputados analisarão os destaques do texto-base, a pedido de alguns deputados, para votar de forma separada sugerindo mudanças no texto.

Um dos destaques indicados pela Federação PSOL-REDE já entrou em votação ontem. O destaque pretendia retirar do texto, o capítulo que trata das vedações de gastos impostas ao governo se a meta de resultado primário não for cumprida. Foram 429 votos a favor e 20 contra, mantendo o trecho no projeto.

Entre os 21 partidos participantes na votação sete partidos mantiveram 100% dos votos a favor – os partidos Avante, Cidadania, PCdoB, PDT, PSB, PT e Solidariedade. E três estavam 100% contra – os partidos Novo, PSOL e Rede. Os demais partidos tiveram variações em votos contra e a favor, não tendo uma decisão comum entre todos os deputados.

Após decisão final na câmara, o texto será encaminhado ao senado onde entrará em votação no plenário novamente.

O QUE É O ARCABOUÇO FISCAL?


O Novo Arcabouço Fiscal (PLP 93/2023) enviado em abril desse ano pelo Governo Federal para votação no plenário, visa em sua emenda, garantir a estabilidade macroeconômica do País criando regras mais flexíveis que o atual regime do Teto de Gastos – em vigor desde o governo do ex-presidente Michel Temer.

O novo arcabouço fiscal tem em sua informação principal, manter positivo o saldo entre a arrecadação e as despesas do governo, sem considerar o pagamento de juros da dívida.

Se o Governo se manter dentro da meta de gastos, o regime limitará o crescimento da despesa primária a 70% da variação da receita recebida no ano anterior. Se ficar abaixo da meta, essa porcentagem se limita a 50%.

Ou seja, em momentos de maior crescimento da economia, as despesas crescem mais. E em momentos de queda, as despesas terão um recuo. O diferente do que acontece atualmente, em que os gastos são limitados, independente da variação econômica.

Mas, a emenda apresenta que a despesa não poderá crescer mais de 2,5% ao ano acima da inflação, e em momentos de contração econômica, o gasto não poderá aumentar mais que 0,6% ao ano acima da inflação.

Ao contrário do Teto de gastos, que as despesas não crescem acima da inflação, o Arcabouço Fiscal crescerá em qualquer uma das variações do momento, com meta de se manter sempre acima do IPCA (Índice de Preços no Consumidor).

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também